Publicidade

Gestos podem, um dia, substituir o uso de senhas

Por| 09 de Agosto de 2018 às 07h28

Link copiado!

stevanovicigor/Depositphotos
stevanovicigor/Depositphotos

Já imaginou fazer um gesto com as mãos em frente à câmera do celular ou do notebook para desbloquear o aparelho — e com segurança garantida, ainda por cima? Pois é exatamente isso o que um novo sistema de autenticação está propondo.

O chamado FMCode é capaz de acompanhar o movimento das mãos do usuário por meio de uma câmera para autenticar sua identidade. Esse movimento pode fazer assinaturas ou desenhos no ar, como se o usuário estivesse escrevendo algo com o próprio dedo. Então, o sistema emprega algoritmos para fazer a identificação, com precisão que fica entre 94,3% e 96,7%.

O método foi detalhado pelos cientistas da computação Duo Lu e Dijiang Huang, ambos da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos. Em um estudo, a dupla revela suas preocupações com relação à adoção da biometria como método de autenticação em dispositivos eletrônicos, como o reconhecimento facial, que já começa a substituir a leitura de impressões digitais. Eles consideram, especialmente, situações em que o rosto do usuário esteja coberto, como, por exemplo, ao estar imerso em um headset de realidade virtual, ou ainda no caso de médicos usando máscaras.

Continua após a publicidade

Eles também expressaram algumas dificuldades enfrentadas no desenvolvimento do FMCode. É que os movimentos dos dedos no ar não sairão exatamente os mesmos a cada tentativa e, portanto, o sistema precisa ser inteligente o suficiente para reconhecer velocidades e trejeitos ligeiramente diferentes no movimento enquanto, simultaneamente, detecta tentativas fraudulentas de acesso.

Para resolver essa questão, os cientistas contaram com o aprendizado de máquina. Graças a isso, o sistema foi capaz de identificar falsificações e conseguiu tolerar pequenas variações de movimentos do usuário real, fazendo a autenticação segura. Segundo os pesquisadores, o FMCode é bastante seguro até mesmo quando um impostor tenta reproduzir o mesmo gesto — ainda que não exista nenhum sistema infalível nesse sentido.

Fonte: Fast Company