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EUA emitem sanções para criptomoedas usadas em resgates de ransomware

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Setembro de 2021 às 23h30

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Reprodução/Jakob Owens (Unsplash)
Reprodução/Jakob Owens (Unsplash)

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos aplicou as primeiras restrições do país para casas de criptomoedas chamadas de exchanges, que são corretoras especializadas na intermediação em transações. Esses locais são responsáveis por garantir a segurança na negociação dos valores e dos ativos. A instituição afetada, Suex, é acusada de facilitar movimentações de resgate para criminosos envolvidos em sequestro virtual (ransomware).

Muitas vezes, como criminosos responsáveis por ataques de ransomware exigem o pagamento em Bitcoin ou outros tipos de criptoativos, os resgates são enviados por meio dessas instituições. A Suex é uma exchange com conexões com a Rússia, país de origem de muitos sequestros digitais.

A decisão do órgão americano tem como objetivo desestabilizar um dos principais canais usados por criminosos responsáveis por ataques de ransomware para recolher o pagamento de resgate de suas vítimas. Segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, os resgates, só em 2020, geraram prejuízo somado de 400 milhões, mais de quatro vezes o valor registrado em 2019.

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O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, parte do Departamento do Tesouro dos EUA, também emitiu hoje um comunicado destacando os riscos de sanções para exchanges que tiverem conexões com atividades virtuais maliciosas.

Segundo o comunicado emitido pelo órgão americano, mais de 40% do histórico conhecido de transações da Suex é proveniente de ações ilícitas. Como resultado das restrições aplicadas na exchange, a população estadunidense não pode mais fazer uso dos serviços da Suex e qualquer ativo da instituição que esteja sob jurisdição dos EUA está bloqueado.

EUA contra ransomware

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O governo estadunidense anunciou na semana passa que iria criar sanções para diminuir o pagamento de resgates de sequestros digitais com o uso de criptomoedas. O país cita a dificuldade em rastrear as movimentações como um dos principais motivos para essa decisão.

Essas novas ações são a tentativa mais recente da administração de Joe Biden de frear os ataques de ransomware no país. Em maio, o presidente estadunidense emitiu ordem para aprimorar a segurança digital no país, exigindo que todas as empresas que oferecem soluções de segurança ao governo passem a adotar os mesmos padrões. Além disso, a ordem também exigia que os fornecedores passem a informar aos órgãos contratantes quaisquer brechas e falhas encontradas em seus sistemas assim que elas fossem descobertas.

Segundo informado por assessores do governo em maio, a intenção dos Estados Unidos é mudar de uma posição em que se responde a ameaças para uma em que se opera de forma a evitar ser vítima delas. As restrições aplicadas à Suex são mais um capítulo dessa iniciativa.

Fonte: BleepingComputer, The Moscow Times