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Dupla é presa sacando Auxílio Emergencial com dados comprados na deep web

Por| 13 de Agosto de 2020 às 19h15

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Dupla é presa sacando Auxílio Emergencial com dados comprados na deep web
Dupla é presa sacando Auxílio Emergencial com dados comprados na deep web

Uma dupla de criminosos foi presa na noite da última quarta-feira (12) em uma agência da Caixa Econômica Federal no Distrito Federal (DF). Após perceber que os dois homens agiam de forma suspeita, a Polícia Militar resolveu abordá-los e descobriu que eles haviam sacado R$ 28,3 mil de contas bancárias de terceiros, utilizando, para isso, informações cadastrais adquiridas através da deep web.

Segundo as autoridades, os golpistas confessaram que os valores sacados eram de beneficiários do Auxílio Emergencial, a ajuda financeira de R$ 600 a R$ 1,2 mil concedida pelo governo para a população economicamente afetada pela crise da COVID-19. Para evitar burocracias, o saque do benefício é facilitado, não sendo necessário ter um cartão da Caixa e tampouco ser correntista formal do banco.

Os fraudadores explicaram ainda que os dados dos beneficiários foram adquiridos com criptomoedas em grupos da deep web — parte da internet que não é indexada pelos mecanismos de busca (como o Google) e que não pode ser acessada através de navegadores populares. Pela dificuldade em navegar em tal região obscura, a deep web virou um recanto para comunidades dedicadas a atividades criminosas.

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O comércio de dados pessoais em fóruns “secretos” da web não é uma novidade: qualquer pessoa consegue, após adentrar nesses locais, comprar “lotes” de informações cadastrais (geralmente colhidas através de páginas falsas ou correntes no WhatsApp) ou até mesmo adquirir acesso ilegal a bancos de dados inteiros, como o CADSUS, que lista todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os criminosos foram presos em flagrante por estelionato e encaminhados à Polícia Federal; até o momento, a Caixa ainda não se pronunciou sobre tal prática que, aparentemente, tornou-se comum para roubar o benefício alheio.

Fonte: G1