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Dados de reconhecimento facial do iPhone X ficarão armazenados no aparelho

Por| 03 de Novembro de 2017 às 17h44

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A princípio, a ideia é ótima: ter uma máscara 3D do seu rosto pode fazer um personagem se parecer tanto com você a ponto de mudar a jogabilidade de um game, por exemplo. Mas os especialistas em segurança virtual estão céticos após a Apple declarar que alguns dos dados utilizados no reconhecimento facial que o novo iPhone X oferece estarão acessíveis a milhares de desenvolvedores de aplicativos.

Os termos do contrato para o acesso aos dados colocam que é necessário o prévio consentimento do usuário e que é vetada a venda dessas informações a terceiros, mas isso não parece ser o suficiente para garantir a segurança, segundo os grupos American Civil Liberties Union e Center for Democracy and Technology, que atuam nos Estados Unidos da América preocupados com a defesa dos direitos de privacidade e segurança em tecnologia.

A Apple, entretanto, assegura que os dados que ficarão disponíveis aos desenvolvedores de apps não são suficientes para realizar o desbloqueio do aparelho, pois para isso seria necessária uma representação matemática da face humana real, não apenas um mapa visual de um determinado rosto.

A preocupação geral acerca do uso das informações de reconhecimento facial não gira em torno da possibilidade de monitoramento de civis por parte dos governos, uma vez que essa já é uma realidade consumada nas grandes cidades. Em Berlim, por exemplo, a tecnologia é usada desde o mês passado para auxiliar na investigação criminal.

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O medo do Big Brother está mais voltado para as possíveis ações invasivas na área da publicidade, uma vez que o software usado pela tecnologia permite o reconhecimento de expressões faciais feitas pelo usuário ao acessar conteúdos, o que pode ser informação valiosa na mão (ou no banco de dados!) das grandes agências de marketing.

Fonte: Reuters