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COVID-19 | Hackers tiveram acesso a dados sobre pesquisas de vacina da Pfizer

Por| 10 de Dezembro de 2020 às 09h42

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Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Fernando Zhiminaicela/Pixabay

Hackers de origem ainda desconhecida tiveram acesso irregularmente aos dados de pesquisa sobre a vacina da Pfizer contra o novo coronavírus, que começou a ser aplicada nesta semana no Reino Unido. A intrusão aconteceu nos servidores da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), com um caso ainda em investigação cujos detalhes não foram divulgados.

O órgão é o responsável pela aprovação regulatória do imunizante para que ele possa ser utilizado e aplicado na população dos 27 países que compõem a União Europeia. A invasão aos servidores, anunciada nesta quarta-feira (09), teria atingido apenas a infraestrutura da agência, sem que os servidores da Pfizer ou da BioNTech, envolvidas diretamente nos estudos da vacina, tenham sido comprometidos ou acessados de forma irregular.

A divulgação da brecha foi feita pelos próprios laboratórios farmacêuticos, que disseram prezar pela transparência enquanto aguardam os resultados de uma investigação que está sendo feita pela EMA junto às autoridades locais de Amsterdam, onde fica a sede da agência. Ainda, segundo a Pfizer e a BioNTech, a ideia é que a intrusão não interfira no andamento das análises e aprovações da vacina para uso no Reino Unido.

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Além disso, os dados de participantes nos testes clínicos preliminares do imunizante também não foram comprometidos como parte da invasão, com os terceiros não autorizados acessando apenas as informações sobre a vacina em si. Ainda, a ideia é que o caso não interfira em outras aprovações que devem sair em breve, como a dos Estados Unidos, que recebeu as pesquisas e começa a trabalhar em uma aprovação para uso local ainda nesta quinta-feira (10).

Organizações de saúde, principalmente aquelas envolvidas nas pesquisas e, mais recentemente, transporte e distribuição de vacinas, se tornaram um alvo comum de hackers durante a pandemia do novo coronavírus. Em muitos casos, os dados apontam para ataques patrocinados por governos estrangeiros, com a Microsoft, por exemplo, já tendo revelado ocorrências relacionadas a países como Rússia e Coreia do Norte nas tentativas de roubo de informações sobre estudos ou dados confidenciais das empresas envolvidas no desenvolvimento dos imunizantes.

Enquanto os casos se acumulam e já atingem mais de seis países, até onde se sabe e de acordo com as informações oficiais divulgadas pelos envolvidos, o grande foco parecem ser os testes clínicos de fase três, que envolvem a aplicação em uma grande quantidade de candidatos. Seria o caso da invasão aos servidores da EMA, que oficialmente, disse apenas estar trabalhando com as autoridades e que responderá de acordo com as leis europeias de segurança.

Fonte: Associated Press