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Coronavírus | Ministério da saúde apura ataque contra laboratórios de teste

Por| 20 de Março de 2020 às 21h00

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Reprodução/News Break
Reprodução/News Break

O Ministério da Saúde confirmou que está apurando indícios de invasão aos sistemas de centros de teste que trabalham na confirmação de casos do novo coronavírus. A informação veio em resposta ao Canaltech, no início da noite desta sexta-feira (20), após comentário do ministro Luiz Henrique Mandetta em coletiva concedida na tarde de hoje.

Respondendo a um jornalista que questionou o presidente Jair Bolsonaro sobre a não divulgação pública dos resultados de seus próprios testes para a COVID-19, o ministro pediu calma à imprensa. “Tem gente entrando em sistemas de computador de laboratórios para saber nomes de pessoas públicas que, eventualmente, tenham feito exames”, afirmando que casos desse tipo são mórbidos. “Isso tem que ter limite”, completou, afirmando que atos como estes servem apenas para gerar manchetes.

Em nota a nossa equipe, a assessoria do Ministério da Saúde afirmou que as conclusões da apuração que está sendo realizada serão encaminhadas diretamente aos órgãos pertinentes para investigação devido ao sigilo dos dados. Por causa dessa mesma confidencialidade, mais detalhes sobre o caso não foram divulgados.

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A fala sobre o sigilo desse tipo de informação também foi endossada por Mandetta, durante a coletiva. De acordo com o ministro, os exames são realizados somente quando sintomas de COVID-19 são detectados, enquanto os resultados pertencem a cada paciente, com o governo não fazendo a divulgação disso diretamente ao público.

O próprio presidente também respondeu à pergunta, reafirmando que seus testes deram resultados negativos e que não teria problemas em se submeter a novos procedimentos. Segundo ele, caso isso não seja recomendado por médicos ou pelo próprio ministro, ele continuará se comportando como qualquer outro brasileiro assintomático.

Mandetta também citou as dificuldades digitais que o Ministério da Saúde tem enfrentado durante a pandemia do novo coronavírus. Páginas de informações do órgão, por exemplo, teriam recebido mais de 37 milhões de acessos apenas nesta quinta-feira (19), o que motivou a transferência da infraestrutura para a nuvem, uma vez que os servidores não foram capazes de suportar a carga.

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Fonte: TV Brasil