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Saiba como proteger dados e evitar prejuízos com vazamentos

Por| 12 de Junho de 2020 às 20h00

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Vishnu Vijayan/Pixabay
Vishnu Vijayan/Pixabay

O que já era um perigo real se tornou uma ameaça ainda maior durante a pandemia do novo coronavírus. De acordo com números da Kaspersky, por exemplo, o número de tentativas de roubo de dados por meio de e-mails fraudulentos mais do que dobrou desde o começo do ano, enquanto os ransomwares, que sequestram e interceptam dados, tiveram um crescimento de mais de 300%. Um elemento que caminha lado a lado com a aproximação da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, com os prejuízos às empresas sendo ainda maiores que os próprios índices de casos.

Entre os principais alvos estão as empresas do setor financeiro, que já perderam milhões de dólares desde o início do ano. Na mira, principalmente, estão as fintechs, principalmente, depois da divulgação de um estudo divulgado pela PwC e pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), apontando que 56% das companhias dessa categoria não possuem políticas de segurança de dados.

A ideia é que muitas destas empresas investem mais em tecnologias de melhoria de desempenho e na expansão dos negócios, e menos em sistemas relacionados à proteção de dados, algo que, na visão de Rafael Negherbon, CTO da Transferra, deveria ser um dos pilares essenciais da operação. Criptografia e treinamento de equipe, com foco em uma cultura de segurança que respeite padrões mundiais, são algumas das indicações que ele dá para um funcionamento mais seguro.

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Tais medidas, aliás, podem valer para qualquer companhia, principalmente em um momento no qual o home office se tornou a norma. Roteadores e computadores pessoais desprotegidos, por exemplo, podem levar à interceptação de dados e à invasão de redes internas, com os departamentos de TI devendo prestar atenção a tais equipamentos, assim como os próprios usuários, que devem ser alertados sobre as ações que devem ser tomadas e instruídos a prestarem atenção no uso de senhas seguras, controles de acesso e demais proteções.

Além disso, na outra ponta, a indicação é apostar em sistemas de data center como serviço (DCaaS, na sigla em inglês). Como as grandes empresas do setor seguem padrões internacionais de segurança e aumentam a disponibilidade das informações, a ideia é que o uso de tais soluções não apenas aumenta a produtividade, mas também a proteção dos dados trafegados pelas redes.

Para Marcelo Verdi, arquiteto de soluções de infraestrutura da Unifique, o uso de tais serviços também ajuda muito em caso de problemas, já que tais plataformas possuem sistemas de recuperação em caso de perda de informação. Ele considera que a disponibilidade e a segurança serão vitais para o futuro das empresas neste novo contexto.

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Por fim, vale a pena considerar o uso de boas soluções de criptografia, de forma que contratos, informações e cadastros sejam assinados e se tornem inacessíveis aos olhares de terceiros. Tais soluções estão disponíveis na nuvem e, segundo Carlos Roberto de Rolt, fundador da BRy Tecnologia, que trabalha no setor, o armazenamento destas chaves de encriptação na nuvem também permite o acesso em diferentes dispositivos, o que torna o sistema adequado para o trabalho remoto.