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Como a Ferrari protege a segurança digital de suas propriedades intelectuais?

Por| 15 de Setembro de 2020 às 19h30

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Divulgação/Kaspersky
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Nas pistas, quando as luzes se apagam e os motores da Fórmula 1 começam a roncar, a disputa é para ver quem vai chegar primeiro à bandeirada. Fora delas, porém, quando o assunto é tecnologia e, principalmente, a segurança digital, a abordagem é semelhante — quem estiver um passo à frente corre menos riscos ou, no mínimo, estará mais preparado quando os problemas baterem à porta.

Na Ferrari, uma das principais equipes não só da Fórmula 1, mas do mundo da velocidade, a abordagem sobre a segurança digital é semelhante à de um carro de corrida. “Se você quer construir um veículo, comece pensando no air bag e nos cintos. A proteção vem em primeiro lugar e é assim, também, em todos os nossos processos e desenvolvimento”, explica Alessandro Sala, diretor de tecnologia e segurança da escuderia.

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Em 2020, a marca lembra os 10 anos de parceria com a Kaspersky, um trabalho que começou com o fornecimento de antivírus e soluções de segurança para ser expandido e acabar chegando a praticamente todos os aspectos da infraestrutura de tecnologia da Ferrari. Trata-se, na visão de Sala, não apenas de manter dispositivos seguros e evitar ataques ou infecções, mas também de trabalhar em ferramentas que permitam à empresa se preparar para as ameaças e agir de forma correta quando o perigo bater à porta.

“Não somos apenas patrocinadores, que colocam o nome nos capacetes e no nariz do carro. Nós ajudamos a Ferrari a proteger suas informações”, completa Claudio Martinelli, diretor-executivo da Kaspersky para a América Latina. Na prática, a empresa está sujeita aos mesmos tipos de malwares, fraudes e tentativas de intrusão que a maioria das outras grandes empresas globais. O que muda no caso de uma escuderia de Fórmula 1, entretanto, é que o grande foco dos atacantes aqui pode não recair apenas em fraudes financeiras ou volumes de dados, mas também sobre propriedades intelectuais e segredos industriais altamente lucrativas.

Abrangência e controle

A abordagem de segurança digital, inicialmente semelhante à aplicada em outras companhias, ganha contornos específicos quando se trata da Ferrari. Martinelli destaca a importância não apenas de soluções instaladas nos computadores da escuderia, que também devem se estender aos dados pessoais dos envolvidos na operação, altamente valiosos. Além disso, serviços de inteligência de ameaças e análise de campanhas em andamento ganham relevância adicional.

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Sala destaca ainda o volume de funcionários trabalhando ao mesmo tempo nos mais diferentes aspectos de uma escuderia de Fórmula 1. Temos engenheiros na fábrica, aqueles que trabalham diretamente com os pilotos e também os responsáveis pelo carro, assim como os que estão no pit-stop ou nos escritórios trabalhando em aspectos gerenciais da marca. Pilotos, assessores de imprensa, patrocinadores e fornecedores de pneus ou motores trabalham juntos para garantir a velocidade do carro nas pistas e, por isso, precisam de informações disponíveis em tempo real, de forma abrangente.

Um desafio para a segurança digital, como aponta Dmitry Bestuzhev, diretor da equipe de pesquisa e análise global de ameaças da Kaspersky. A integração de variados sistemas, alguns amplamente usados no mercado e outros bem específicos, ao lado dos dados de alto valor e sensibilidade trafegados fazem com que, mais do que antivírus e soluções de proteção, defender a casa de ataques envolva um aspecto de análise e preparação a eventuais problemas.

“Precisamos saber o que acontece fora de uma companhia, para evitar que tais perigos entrem nela”, explica o especialista. Segundo ele, ao entender o que pode servir como um perigo, é possível preparar melhor os sistemas e os colaboradores para evitar uma intrusão ou, caso o pior aconteça, como deverão agir para mitigar eventuais problemas.

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Sala não fala em casos específicos ou cita ocorrências, mas dá a entender que esse tipo de tentativa acontece com certa frequência em uma equipe do porte da Ferrari. Por mais que não entre em detalhes, ele indica os dispositivos como o principal vetor para ataques desse tipo. “Mesmo que usemos equipamentos específicos [da escuderia] ou da Fórmula 1, estamos conectados à ‘mesma internet’, o que significa que nossos [aparelhos] podem se comunicar com soluções desprotegidas que podem acabar servindo como portas de entradas para ataques.”

Por isso mesmo, o diretor de tecnologia destaca um outro aspecto que enxerga com tanta importância quando a implementação de soluções e a inteligência de ameaças: o treinamento, que caminha lado a lado com este último. Na visão de Sala, ao saber antes sobre campanhas de ataques ou eventuais perigos, é possível alertar colaboradores e trabalhar com informação para que a Ferrari não acabe se tornando uma vítima.

São elementos que, segundo Martinelli, colocam a Ferrari na vanguarda não apenas do automobilismo, mas também da segurança digital. Um estudo de caso que, na visão da Kaspersky, representa um dos maiores níveis de complexidade a que se pode chegar em termos de proteção corporativa, mas, também, um exemplo dos melhores para que as companhias se protejam e estejam cientes das ameaças que as rondam.