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Brasil registra aumento de 1.600% em denúncias de crimes online contra mulheres

Por| 05 de Fevereiro de 2019 às 13h32

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Nesta terça-feira, dia 5 de fevereiro, comemora-se o Dia Mundial da Internet Segura. Para reforçar a importância da data, a SaferNet Brasil revelou dados de uma pesquisa sobre a denúncia de crimes online contra mulheres.

De acordo com o estudo, o Brasil registrou um aumento de 109,95% em denúncias de crimes na internet somente do ano passado. A Safernet recebeu, por meio da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, 133.732 queixas somente em 2018, enquanto em 2017 foram registradas 63.698.

Entre as categorias de crimes mais denunciados estão pornografia infantil, com 60.002 denúncias; apologia e incitação à violência e crimes contra a vida, com 27.716 denúncias; e violência contra mulheres ou misoginia com 16.717 denúncias. O último crime foi o que mais apresentou crescimento, sendo 1.639,54% a mais em relação ao ano anterior.

Confira a lista completa dos crimes denunciados:

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  1. Pornografia Infantil - 60.002 denúncias (aumento de 79,58%);
  2. Apologia e incitação a crimes contra a vida - 27.716 (aumento de 154,46%);
  3. Violência contra mulheres/misoginia - 16.717 (aumento de 1.639,54%);
  4. Xenofobia (principalmente contra nordestinos) - 9.705 (aumento de 567,93%);
  5. Racismo - 8.337 (aumento de 37,71%);
  6. LGBTfobia - 4.244 (aumento de 59,13%);
  7. Neonazismo - 4.244 (aumento de 51,70%);
  8. Maus tratos contra animais - 1.142 (redução de 76,98%);
  9. Intolerância religiosa - 1.084 (redução de 27,83%);
  10. Tráfico de pessoas - 509 (redução de 14,45%).

Em relação aos casos atendidos pelo Canal de Ajuda da SaferNet Brasil, as cinco principais categorias de crimes são vazamento de nudes ou exposições íntimas, com 669 casos; ciberbullying, com 407 casos; fraudes e golpes, com 242 casos; problemas de dados pessoais, com 215 caso; e conteúdos violentos, com 112 casos.

Ainda de acordo com os dados da SaferNet, a quantidade de casos atendidos sobre vazamento de nudes e “sextorsão” cresceu 131,49%, sendo mulheres as principais afetadas, com 66% dos casos, e acima de 25 anos, sendo 53% dos registros. O agressor possuía as imagens íntimas para chantagens em 35% das denúncias, planejando obter mais fotos.

Com uma alteração feita no Código Penal em 2018, serão punidos com reclusão de um a cinco anos quem “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia”. Casos de sextorsão são classificados como “estupro virtual” e a pena é de reclusão de seis a 10 anos.

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Casos de ciberbullying e intimidação virtual contaram com aumento de 13,4% em relação a 2017, sendo também as mulheres as mais afetadas (68%), em sua maioria acima de 25 anos (60%).

Denúncias podem ser feitas no site da SaferNet.

Fonte: UOL