Bloqueio de sinal pode ser resolvido por união dos setores público e privado

Dispositivos móveis são uma força poderosa no dia a dia da população da América Latina, usados incansavelmente parainúmeros fins, incluindo a comunicação dentro de penitenciarias para práticas de extorsão. As autoridades vêm buscando colaborações com a indústria para solucionar esse tipo de ameaça, mas existem dificuldades para se alcançar um resultado digno.

Não basta simplesmente bloquear os sinais de radiocomunicação numa região específica, por exemplo, pois isso poderia anular a comunicação não apenas dentro dos centros de detenção, como também da população nas áreas próximas. Por conta disso, o estudo “Bloqueio de sinais em serviços móveis na América Latina 2018”, publicado pela 5G Americas, procura destacar a problemática.

A pesquisa repassa as atuais legislações dos diferentes países da América Latina sobre uso de bloqueadores de sinais móveis, incluindo as mais recentes alterações. O documento também mostra as diferenças entre os equipamentos usados para isso e os prós e contras sobre as iniciativas de segurança, e as demandas do Estado e das operadoras móveis.

Tudo isso porque existem leis diferentes dependendo da região para os responsáveis pelo uso de inibidores. Os responsáveis nesse caso, podem ser o Estado ou as operadoras. Mas mais importante que isso, é o fato de que operadoras móveis da América Latina se encaixam nas regras exigidas pelas autoridades estatais.

Outro ponto abordado no estudo é que ao longo dos anos as operadoras foram punidas, até criminalmente, por serem consideradas cúmplices dos crimes, em especial quando os bloqueios não são 100% eficazes. Até o momento, não existe uma solução totalmente eficaz para bloquear comunicações nas prisões de maneira que não afete usuários nas proximidades.

Contudo, essa solução não é um dever da indústria de serviços móveis, mas sim dos Estados de cada região. A pesquisa ainda conclui que é essas entidades que deve ser atribuída a segurança dos cidadãos, mostrando alternativas para que as comunicações móveis não tenham fins delitivos.

O estudo Bloqueio de sinais em serviços móveis na América Latina 2018 pode ser baixado no site oficial do 5G Americas.

Fonte: 5G Americas