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Aviões comerciais americanos podem estar vulneráveis a ataques de hackers

Por| 15 de Abril de 2015 às 13h00

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Aviões comerciais americanos podem estar vulneráveis a ataques de hackers
Aviões comerciais americanos podem estar vulneráveis a ataques de hackers

Uma agência de fiscalização federal dos Estados Unidos alegou nesta terça-feira (14) que aeronaves comerciais americanas podem estar vulneráveis a ataques de hackers. Companhias aéreas poderiam ser hackeadas a bordo por passageiros que eventualmente utilizassem o sistema de entretenimento sem fio de um avião para acessar seus controles de voo.

A gravidade do alerta aponta para as várias deficiências de segurança cibernética. Um novo relatório do órgão responsável pelas avaliações e investigações do Congresso Americano (GAO) identificou o perigo como uma das diversas falhas na segurança aérea que a Administração de Aviação Federal (FAA) precisa resolver. Caso tais problemas não sejam solucionados ainda nesta geração tecnológica, os riscos devem se tornar críticos com a chegada de uma nova demanda tecnológica nos próximos anos.

O relatório afirma que "a conectividade com a internet na cabine deve ser considerada uma ligação direta entre a aeronave e o mundo exterior, que inclui potenciais atores mal-intencionados". Michael Huerta, administrador da FAA, concordou com as conclusões do GAO e disse que o regulador da aviação começou a trabalhar com especialistas de segurança do governo, incluindo a Agência de Segurança Nacional, para identificar e adotar as mudanças necessárias. "Esta ameaça continuará a evoluir e é algo que precisa estar na vanguarda do nosso pensamento", disse Huerta a um painel de supervisão do Senado.

Especialistas em segurança cibernética afirmaram que firewalls a bordo destinados a proteger aviônicos de hackers poderiam ser violados se os sistemas de controle de voo e de entretenimento utilizarem a mesma rede. Um dos especialistas disse aos investigadores do GAO que "um vírus ou malware" plantado em sites visitados pelos passageiros poderia construir uma oportunidade para um ataque malicioso. Parlamentares americanos já solicitaram à FAA que tome providências.

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Segundo o deputado Peter DeFazio, "este relatório expôs uma ameaça real e séria: ciberataques numa aeronave de voo". O parlamentar, que também é líder democrata na Comissão de Transportes e Infraestrutura da Câmara, concluiu dizendo que "a FAA precisa focar em padrões de certificação de aeronaves que possam impedir um terrorista com um laptop na cabine ou no solo de assumir o controle de um avião de passageiros por meio do sistema de rede sem fio".

O Departamento de Transportes americano confirmou os riscos e também se pronunciou sobre o caso, dizendo que a FAA está "empenhada em reforçar as nossas capacidades de defesa contra novas ameaças com um alto grau de urgência".

Fonte: BBC