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Ataques DDoS mais do que dobraram no Brasil em 2016

Por| 18 de Julho de 2017 às 09h50

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Ataques DDoS mais do que dobraram no Brasil em 2016
Ataques DDoS mais do que dobraram no Brasil em 2016

Dados do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Segurança no Brasil, o CERT.br, revelaram que os ataques de negação de serviço, voltados para tirar sites do ar com grandes volumes de acesso, mais do que dobraram no nosso país. Segundo o instituto, o crescimento desse tipo de golpe foi de 138%, com 9% de todos os incidentes registrados sendo dessa categoria.

O levantamento, mais uma vez, expõe o perigo dos dispositivos da Internet das Coisas, que aparecem como maioria entre os aparelhos usados pelos hackers para desferir ataques desse tipo. Máquinas infectadas são transformadas em um “exército de zumbis” que bombardeia servidores com solicitações, fazendo com que eles sucumbam sob a pressão e fiquem fora do ar até que o volume diminua.

É um tipo de golpe que não gera roubo de dados nem outros incidentes de segurança, mas que, ainda assim, podem representar prejuízo quando falamos sobre sistemas de bancos ou comércio eletrônico, por exemplo. Estar fora do ar significa, também, estar impossibilitado de fazer negócios, realizar vendas ou atender consumidores, algo que pode acabar minando as marcas e trazer prejuízos, mesmo que eles não sejam fruto de roubo, danos físicos ou vazamentos de informações.

O total coloca os ataques de DDoS na terceira colocação entre os ataques digitais mais comuns. Em segundo lugar estão as fraudes e golpes digitais, com 15% do total de ataques registrados no país. Entretanto, o grande campeão do mundo do crime digital no Brasil é a categoria que o CERT.br chama de “scan”, englobando tentativas de instalação de apps falsos ou o aproveitamento de outras brechas nos sistemas. É ela quem aparece na primeira colocação, com 59%.

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O órgão ainda aponta para um crescimento em uma categoria específica, as páginas falsas que imitam serviços legítimos de instituições reconhecidas ou os e-mails com ofertas mirabolantes e links para serem clicados. Houve um aumento de 37% no total de registros desse tipo, mostrando que velhas práticas ainda parecem bastante vantajosas para os criminosos digitais.

Entretanto, apesar do crescimento em muitas áreas, o panorama é de redução. Ao longo de todo o ano de 2016, o CERT.br recebeu 647,1 mil notificações de incidentes, uma redução de 10% em relação a 2015. Seria, então, um reflexo de uma melhoria na consciência e cuidados por parte dos usuários ou de uma especialização dos hackers, que estão agindo de forma mais concentrada e investindo onde possuem maior chance de sucesso?

Fonte: CERT.br