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Among Us é usado como isca em mais de 60 golpes com apps falsos

Por| 26 de Novembro de 2020 às 11h19

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Among Us é usado como isca em mais de 60 golpes com apps falsos
Among Us é usado como isca em mais de 60 golpes com apps falsos

Preste atenção caso você ainda queira entrar na onda do momento e jogar o sucesso Among Us. De acordo com os especialistas da Promon e da Wultra, duas empresas especializadas em segurança digital e proteção de apps, mais de 60 aplicativos falsos baseados no game estão em campanhas ativas de infecção de smartphones, sendo distribuídos tanto por marketplaces oficiais, como a Google Play Store, quanto por sites não ligados a eles.

Segundo as informações, são cerca de nove autores publicando uma série de aplicações fraudulentas, voltadas para os mais diferentes tipos de golpe. Na maior parte deles, representando mais de 75% dos golpes, o foco é a exibição em massa de anúncios, tanto no próprio aplicativo quanto em navegadores de internet ou na interface do celular, com a renda das propagandas, claro, indo para o bolso dos golpistas.

O último grupo é um pouco mais perigoso, utilizando imagens e a aparência de Among Us para entregar um aplicativo fraudulento que serve como porta de entrada para a instalação de outros malwares, como trojans bancários ou responsáveis por roubar dados pessoais e de login dos aparelhos. A ideia é obter acesso a contas de redes sociais para aplicação de golpes, além de realizar transferências de dinheiro a partir de soluções financeiras.

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O grande foco, como aponta Tom Lysemose, diretor de tecnologia da Promon, são os jovens, maior base de usuários do game. Os aplicativos fraudulentos, muitas vezes, prometem ser o próprio game (que é gratuito para jogar nos smartphones), mas também dicas, novos mapas, roupas extras ou trapaças para auxiliar na descoberta do impostor. Na premissa do game, uma ou mais pessoas devem matar os companheiros de nave espacial antes da realização de tarefas e rotinas de manutenção, com os jogadores podendo realizar reuniões e expulsar outros usuários caso desconfiem deles.

Com isso, aponta o executivo, se abrem as portas para explorações maliciosas como as citadas, já que a vontade de ter uma vantagem na jogatina, recursos extras ou a adição de itens pagos gratuitamente podem levar os usuários a não calcularem os riscos de segurança envolvidos. Além disso, a presença destas soluções fraudulentas em lojas oficiais de apps podem passar uma falsa impressão de segurança quando, na realidade, por si só, esse não é um testamento de confiabilidade.

Basta uma busca na Google Play Store, por exemplo, para encontrar o próprio Among Us no topo da lista, mas também, uma série de outras aplicações que podem ou não serem fraudulentas. Entre jogos de colorir com os personagens do game e conjuntos de wallpapers para o celular estão, por exemplo, softwares que permitem melhorar os gráficos ou adicionar novas roupas aos protagonistas, algo que não é possível desta maneira.

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O ideal é que, sim, os usuários apenas baixem aplicativos a partir dos marketplaces dos sistemas operacionais e fabricantes de celular, mas que também prestem atenção aos autores e avaliações dos aplicativos. Procurem fazer downloads apenas de desenvolvedores certificados e mantenham softwares de segurança ativos e atualizados no smartphone, já que eles podem ajudar a detectar as ameaças mais comuns ou impedir a instalação de malwares em segundo plano.

Fonte: TechRadar