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World Trade Center: tecnologia garantirá segurança da nova torre

Por| 11 de Setembro de 2012 às 14h42

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World Trade Center: tecnologia garantirá segurança da nova torre
World Trade Center: tecnologia garantirá segurança da nova torre

Há exatamente onze anos, os atentados terroristas culminaram em uma enorme tragédia nos Estados Unidos. Ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda na manhã do dia 11 de setembro de 2001 levaram abaixo as duas Torres Gêmeas do complexo World Trade Center (WTC), em Nova York, causando pânico, desespero e morte.

Leia também: World Trade Center: nem a tecnologia de ponta conseguiu segurar as torres em pé

Depois de terem sido alvo de aviões comerciais que se chocaram contra os prédios, as torres desmoronaram em apenas duas horas, causando o caos na ilha de Manhattan. Os prédios, repletos de executivos e trabalhadores, se transformaram em uma montanha de detritos, corpos soterrados e poeira. O ataque resultou na morte de 2.819 pessoas inocentes, incluindo os 19 terroristas (veja a lista completa de estatísticas do ataque aqui).

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Bombeiros trabalhando nas ruínas e escombros do World Trade Center em setembro de 2001. Foto: AP

Para tentar recuperar parte do prejuízo incalculável, os norte-americanos estão batalhando na construção de um novo World Trade Center. De acordo com informações do site oficial do WTC, onze anos após o atentado, o primeiro prédio do novo complexo - a Torre 4 - foi concluído, com 72 andares e 298 metros de altura. Segundo o planejamento, ao término do projeto, cinco novos arranha-céus constituirão o novo World Trade Center, além do Memorial e do Museu Nacional de 11 de setembro. O complexo também contará com um centro de transportes, um centro de artes, um centro de varejo e uma estrada subterrânea. O maior prédio será a Torre 1, que mesmo não estando finalizada, já se tornou a mais alta de Nova York, com aproximadamente 541 metros (1.776 pés, número simbólico que homenageia a independência dos EUA), ultrapassando o famoso Empire State Building.

Imagem renderizada em computador: o novo complexo do World Trade Center. Foto: AP

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Com a construção do complexo em andamento, os norte-americanos ficaram preocupados com sua segurança e não deixaram de investir em tecnologia militar para manter os prédios a salvo de ataques terroristas. O atentado fez com que as lições fossem aprendidas a duras penas. Um novo sistema de segurança precisava ser planejado para o novo complexo. E esse sistema precisava transformar o local em uma fortaleza anti-terroristas.

Trabalhadores no deck de construção da Torre 1 do novo World Trade Center. Foto: AP

É evidente que a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey estão preocupadas em oferecer a máxima proteção ao local dos ataques de onze de setembro. Inclusive, elas já estão com planos secretos para desenvolver tecnologia de nível militar para garantir a segurança do novo complexo. Ao que tudo indica, em 2013, câmeras sensíveis e sensores infravermelhos de calor serão equipados com detectores de explosivos e radiação, para serem instalados nas dependências do novo WTC.

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Milhares de câmeras inteligentes e processadores de computador serão espalhados pelo complexo. Segundo a Fox News, estes dispositivos poderão reconhecer o rosto de cada pessoa que passar por lá, bem como suas retinas, para depois comparar a informação com bancos de dados específicos, como listas de terroristas procurados.

Scanner de retina (imagem ilustrativa). Fonte: Digital Trends

Além destes dispositivos, um novíssimo sistema de inteligência artificial será instalado no complexo. Os computadores irão monitorar continuamente o comportamento das pessoas no local, tentando detectar movimentos incomuns que podem servir de alerta para a equipe de segurança. Em outras palavras: se algo estranho for detectado, os policiais serão imediatamente contatados para verificar o que está acontecendo. Por "movimentação incomum" pode-se entender comportamentos estranhos, como pessoas correndo em fluxo contário ao normal, deixando bagagens ou pacotes em locais estranhos, fazendo movimentos suspeitos etc.

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"O que estamos fazendo lá nunca foi feito antes", disse um oficial da Autoridade Portuária à Fox News. O novo sistema terá conexão direta com o Departamento de Polícia de Nova York, com câmeras de segurança e scanners espalhados por todo o centro de Lower Manhattan.

O Departamento de Defesa utilizará os Sistemas de Reconhecimento de Comportamento na maior parte do novo World Trade Center, que deverá custar dezenas de milhões de dólares.

O horizonte de Lower Manhattan já tem um novo visual. Centenas de trabalhadores e turistas estão no local do das obras todos os dias. A Torre 1, chamada anteriormente de Torre da Liberdade, será inaugurada em 2013, no noroeste do complexo. São quase 280 mil metros quadrados de escritórios.

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Imagem atual da construção do complexo do novo World Trade Center. Foto: Getty Images

Existe um ponto crucial relacionado às novas políticas de segurança do World Trade Center: o difícil equilíbrio entre segurança pública e privacidade individual. Ao mesmo tempo em que câmeras dotadas de inteligência artificial protegem todo o complexo, elas também invadem a privacidade de quem passa pelo local. Escaneiam os olhos de pessoas e os comparam com um banco de dados.

Para muitos, a questão da "invasão de privacidade" incomoda bastante. Mas afinal, o que seria mais importante em uma situação que teve um cenário desastroso no passado: as reclamações de pessoas que sentem-se lesadas por terem sua privacidade invadida ou a segurança de todo um complexo que atrai olhares de todo o mundo, inclusive dos novos terroristas? Para responder a esta pergunta, basta uma retrospectiva a 11 de setembro de 2001.