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Ransomwares afetam não só o computador, mas também a vida real das vítimas

Por| 19 de Março de 2015 às 08h53

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Ransomwares afetam não só o computador, mas também a vida real das vítimas
Ransomwares afetam não só o computador, mas também a vida real das vítimas

Ransomware baseado em criptografia é uma das ameaças mais temidas pelos usuários – e se você não sabe do que se trata, deveria começar a se preocupar também. Com esse tipo de malware, os criminosos são capazes de embaralhar os dados do seu computador e cobrar um valor de resgate para "libertá-los". É o famoso "sequestro de dados".

Para conseguir acessar novamente os seus próprios dados, o usuário cede à chantagem e paga pela chave de decodificação conhecida apenas pelos autores do ataque. Isso caso o bandido por trás do cibercrime não seja preso e você perder totalmente o acesso aos seus dados.

Engana-se quem pensa que os ransomwares são limitados apenas a desktops. Apesar de ser muito comum nesse tipo de computador, a ameaça está invadindo rapidamente os dispositivos móveis, que geralmente possuem menos proteção.

Saiba mais: Ataques do tipo ransomware a dispositivos móveis são cada vez maiores no Brasil

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Apenas um em cada cinquenta smartphones do mercado tem proteção antivírus, enquanto dispositivos com mais de dois anos dificilmente conseguem receber atualizações de segurança ou correções de sistema. Fabricantes de smartphones e operadoras de telefonia móvel também ajudam a fechar essa equação desanimadora.

Para tentar se proteger dessa crescente ameaça, é preciso instalar algum tipo de antivírus, tanto em seu desktop quanto em seu smartphone. É possível encontrar uma série de opções, inclusive gratuitas, no mercado. Aqui mesmo no Canaltech você encontra uma lista com os melhores antivírus gratuitos para Android e Windows.

Manter o seu sistema operacional atualizado também é essencial, afinal os fabricantes sempre realizam melhorias de segurança de acordo com novas descobertas e lançam updates para resolver alguns problemas. Backups também são sempre bem-vindos e não existe mais desculpa para dizer que não faz backup de segurança uma vez que a maioria dos dispositivos já traz opções de armazenamento automático na nuvem.

Mesmo com tantas precauções, nem sempre é possível se livrar das ameaças e, às vezes, basta visitar um site para ser infectado. Acrescente a isso o fato de que o ransomware ressuscitou uma antiga técnica chamada polimorfismo para entender a complexidade dos desafios enfrentados diariamente pelos especialistas em segurança. O polimorfismo define a qualidade ou estado de ser capaz de assumir diferentes formas.

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"Cada pedaço de ransomware tem o seu próprio ID único, cada um deles é diferente do outro. Quanto mais você depende do polimorfismo, mais você pode burlar as soluções tradicionais de antivírus", explica Bogdan Botezatu, analista sênior da Bitdefender.

Outro dado preocupante é a quantidade de ransomwares criados. São cerca de 2.000 arquivos de ransomwares enviados diariamente por hackers para o VirusTotal, um serviço gratuito que verifica se um arquivo é um vírus ou não, comparando-o a um banco de dados de malwares criado a partir de dados obtidos com 40 soluções de antivírus. O número citado se refere apenas a arquivos que não estavam nesse banco de dados, ou seja, que ainda não foram detectados pelos antivírus.

Numa entrevista, Bogdan citou que conhece três casos de suicídio que estão diretamente ligados a ransomwares. As três pessoas em questão optaram por tirar a própria vida ao invés de ceder a chantagem dos cibercriminosos. O especialista ainda diz que a ascensão da Internet das Coisas vai piorar esse cenário ao fornecer aos desenvolvedores de ransomwares uma "audiência" ainda maior e potencialmente lucrativa.

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Com informações do TechRadar