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Jovem de 18 anos membro do Lizard Squad é preso por ataques à PSN e Xbox LIVE

Por| 16 de Janeiro de 2015 às 12h50

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Os ataques que atingiram as redes dos consoles Xbox e PlayStation no final de dezembro ainda são motivo de discussão entre usuários e autoridades de vários países. Os hackers do Lizard Squad assumiram a autoria da ação sob a justificativa de que precisavam provar a vulnerabilidade dos serviços da Sony e Microsoft. Desde então, a polícia procura por integrantes do grupo, que aparentemente é composto por pessoas menores de idade.

Antes da virada do ano, investigadores britânicos disseram ter prendido um dos suspeitos. Contudo, policiais do Reino Unido confirmaram nesta sexta-feira (16) ter monitorado e levado à delegacia ao menos um membro do Lizard Squad envolvido no caso. Em comunicado oficial, autoridades da divisão de crimes cibernéticos da SEROCU (South East Regional Organised Crime Unit) disseram ter capturado um jovem de 18 anos que está diretamente envolvido com os ataques que derrubaram a Xbox LIVE e a PlayStation Network no dia de Natal de 2014.

Agentes da SEROCU afirmam ter trabalhado em conjunto com o FBI para prender o acusado, que foi encontrado em Southport, uma cidade que fica perto de Liverpool. O rapaz irá responder pelos seguintes crimes: 1) acesso não autorizado a material informático, contrário ao Artigo 1º da Computer Misuse Act de 1990; 2) acesso não autorizado com intenção de cometer infrações contrárias ao Artigo 2 da Computer Misuse Act de 1990; e 3) ameaças de morte, contrárias ao Artigo 16 de Delitos contra a pessoa do Ato de 1861.

Os oficiais também disseram que serão analisados alguns computadores encontrados com o suspeito. "Ainda estamos nos estágios iniciais da investigação e ainda há muito trabalho a ser feito", comentou o líder da divisão de crimes cibernéticos da SEROCU, Craig Jones. "Continuaremos trabalhando ao lado do FBI para identificar os responsáveis pelos ataques. Estamos perseguindo cibercriminosos usando tecnologia de última geração e desenvolvendo novas medidas para aprimorar a investigação e, assim, proteger e reduzir o risco ao público", completou.

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Entenda os ataques

Apesar do Lizard Squad clamar a autoria dos ataques, a polícia nunca confirmou que o grupo é mesmo o responsável por ter derrubado as redes da PSN e Xbox LIVE. Os hackers já haviam reivindicado outras ações contra a Sony e Microsoft no começo de dezembro, quando a PSN ficou indisponível para os consoles PlayStation. Na mesma época, o grupo disse que faria um novo ataque no Natal, mas o anúncio foi ignorado pelas duas empresas.

Dito e feito. No último dia 25, época em que milhares de usuários compram novos aparelhos, os serviços de ambas as companhias sofreram graves problemas de conectividade, deixando milhões de pessoas sem acesso a jogos online e outros serviços que dependem da LIVE e da PSN para funcionar. Todo o ataque DDoS (ataque de negação de serviço) teria acontecido com base em roteadores desprotegidos, que permitiram o envio simultâneo de várias solicitações aos servidores da Sony e Microsoft.

Para tentar amenizar a situação e reduzir os ataques, o fundador do Megaupload, Kim Dotcom, chegou a oferecer aos hackers do Lizard Squad 3.000 contas Premium no serviço Mega, que seriam canceladas caso o grupo voltasse a atacar. A estratégia deu certo, os hackers encerraram as ações e afirmaram que cabia às empresas resolver os estragos. Mesmo com muita instabilidade, a rede do Xbox voltou ao ar um dia depois dos ataques, mas a PlayStation Network ficou indisponível por mais de 48 horas. Alguns jogadores foram ainda mais afetados e só conseguiram conectar aos seus perfis cinco dias após o Natal.

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Em resposta ao ocorrido, a Sony ofereceu um desconto de 10% em qualquer compra na loja do PlayStation, além de cinco dias gratuitos de assinatura da PS Plus.