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Candidato à vaga no Uber teria tido acesso a banco de dados de usuários

Por| 02 de Dezembro de 2014 às 16h14

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Candidato à vaga no Uber teria tido acesso a banco de dados de usuários
Candidato à vaga no Uber teria tido acesso a banco de dados de usuários
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O Uber está envolvido em mais uma polêmica. Desta vez a acusação vem do jornal americano The Washington Post, que denunciou que um candidato a uma vaga de emprego no serviço teve acesso a todo o banco de dados de usuários da plataforma por diversas horas, mesmo depois que sua conversa com o possível contratante teria acabado.

Falando de forma anônima, o responsável pela denúncia diz ter sido capaz de realizar buscas e pesquisas nos históricos de corridas e localizações de todos os clientes do Uber. Mesmo horas depois de ter deixado os escritórios da empresa, ele permaneceu com o acesso, podendo buscar membros de sua família e também familiares de políticos famosos por meio de conexões externas, até que suas permissões foram encerradas pela companhia.

Os novos fatos levantam duas questões importantes. A primeira é a velha discussão sobre a privacidade dos usuários e de que maneira as empresas lidam com as informações de aplicativos e redes sociais. Se verdadeira, a denúncia veiculada pelo Washington Post mostra que o Uber não tem muita preocupação com segurança e lida de forma negligente com os dados pessoais de seus usuários.

Por outro lado, essa displicência com as informações dos clientes e o fato do anônimo ter acessado os dados a partir de conexões externas coloca os sistemas do Uber sob o alvo de hackers. Por meio de um pouco de engenharia social, não seria nada difícil para um criminoso desse tipo se fazer passar como um candidato a um emprego e, uma vez de posse de todo o banco de dados da empresa, realizar cópias e obter dados sigilosos de pessoas de renome ou alvos previamente contratados.

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Em resposta ao jornal, o Uber não negou conceder acesso a seu banco de dados aos funcionários, mas disse que todos são obrigados, por contrato, a fazerem uso dessas informações apenas durante o horário de trabalho. A empresa afirma manter o uso de sua rede interna sob intensa vigilância e que, quando especialistas percebem qualquer utilização irregular, o acesso é imediatamente bloqueado e os responsáveis ficam sujeitos a demissão e processos judiciais.

A polêmica que cerca o Uber envolve também a utilização de um aplicativo interno chamado God View, que não apenas coletaria informações de localização de seus usuários como também seria capaz de rastrear corridas inteiras dos usuários da plataforma. Além disso, a empresa enfrenta acusações de perseguir jornalistas e outros críticos no noticiário de tecnologia, além de ter motoristas acusados de assédio sexual a passageiras do sexo feminino.