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4 dicas para você proteger melhor seu CPF (dentro e fora da web)

Por| Editado por Claudio Yuge | 15 de Março de 2021 às 19h20

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Montagem Canaltech
Montagem Canaltech

O Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) é um documento bastante antigo — ele nasceu em novembro de 1965, sendo chamado, originalmente, de Registro das Pessoas Físicas. Sua criação foi motivada exclusivamente para facilitar a vida da administração federal na hora de fiscalizar se todos os cidadãos brasileiros estavam ou não cumprindo com suas obrigações tributárias, declarando devidamente os seus rendimentos e bens.

Porém, por mais que muita gente acredite que tal papel seja o do Registro Geral (RG), o CPF é que se tornou, na visão do Governo Federal, o principal documento de identificação do cidadão brasileiro. Isto se dá ao fato dele ser o único a ter unicidade a nível federal, enquanto outros documentos similares (não só o RG, mas também a Carteira Nacional de Trânsito) respeitarem algumas especificidades do estado que o emitiu.

O CPF se tornou tão importante que, desde 2015, ele é emitido automaticamente junto com a certidão de nascimento, justamente para evitar fraudes e problemas causados por nomes similares — o recém-nascido já ganha seu número de cadastro assim que o cartório realiza o processo de registro civil. Ainda há dúvidas de que tal documento é a principal forma de identificação que você pode utilizar no país?

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O problema é que, durante décadas, o CPF vem sendo menosprezado pela população em geral, que não via problemas em informar tal número ou escrevê-lo em qualquer lugar. Foi só com a recente onda de vazamentos de dados — incluindo aquela que, supostamente, expôs o documento de mais de 220 milhões de cidadãos — que as pessoas passaram a ter um pouco mais de cuidado com sua identidade.

Como já dissemos, o CPF é o principal documento de identidade de um indivíduo. Em posse dele, um criminoso consegue aplicar golpes de falsidade ideológica, se passando por vocês para conseguir empréstimos, contratar planos de telefonia móvel, realizar compras à prazo e até mesmo praticar outros crimes em seu nome. Eis a importância de cuidar devidamente de seu cadastro, e, para isso, o Canaltech separou algumas dicas bacanas.

1) Não informe-o para qualquer um

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Infelizmente, o mercado brasileiro habituou-se a criar cadastros de clientes e a melhor forma de fazer isso é usando seu CPF. Um exemplo frequente que temos desse fenômeno são as drogarias, que têm a mania de pedir o documento em troca de supostos descontos e benefícios. Essa prática já foi, inclusive, alvo de uma reportagem investigativa do Canaltech que foi premiada a nível latino-americano.

O problema é que ninguém pode garantir o que realmente será feito com esse documento e como ele será protegido. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) veio para tentar garantir que as instituições adotem medidas de proteção para evitar que essas informações sejam utilizadas indevidamente, mas confiar cegamente que o comércio em geral seguirá essas regras à risca é inocência. Isto posto, pense duas vezes antes de informar seu CPF.

2) Cuidado ao descartar documentos

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Sabe aquela conta de luz que você pagou pelo internet banking e agora quer se livrar dela? Não simplesmente amasse e jogue-a no lixo — ela contém, além de seu CPF, outros dados que podem ser de grande valia para um criminoso (incluindo seu nome completo, endereço e email em determinadas ocasiões). Não duvide que um golpista empenhado revire o lixo alheio em busca desses papéis!

No cenário ideal, todo cidadão deveria ter uma fragmentadora de papel em sua casa para triturar quaisquer documentos antes de descartá-los — isso garantiria que informações sensíveis, incluindo seu CPF, acabasse indo para o lixo em plenas condições. Porém, sabemos que esse tipo de equipamento é um tanto caro (os modelos mais simples partem de R$ 230 enquanto as profissionais podem atingir a faixa dos R$ 2,3 mil).

Sendo assim, adote o hábito de sempre picotar os documentos usando sua mão ou uma tesoura normal mesmo, rasgando-os em pequenos pedacinhos e espalhando-os para impedir o acesso às informações. Outra ideia é usar uma caneta (preferencialmente preta) para riscar o número do CPF ou outros dados pessoais que possam ser reutilizados para finalidades malignas.

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3) Fique de olho no phishing

O phishing é a principal ameaça cibernética para o usuário final e qualquer leitor assíduo da editoria de segurança do Canaltech sabe disso. Estamos falando sobre aqueles emails maliciosos que lhe incentivam a adotar um comportamento inseguro — geralmente, baixar um anexo que está infectado com vírus ou preencher um formulário que roubará os seus dados. E é sobre especificamente este segundo tipo que falaremos agora.

É gigantesca a quantidade de campanhas de phishing que usam os mais variados motes (oferecimento de supostos prêmios, cobranças judiciais, promoções, sorteios etc.) para convencer o internauta a fornecer, dentre outros dados diversos, o seu precioso CPF. Desconfie de quaisquer comunicações que lhe incentivem a ceder informações pessoais; essas campanhas praticam aquilo que é conhecido como “scrapping”, ou seja, a “escavação” de dados para a criação de databases maiores.

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4) Utilize uma plataforma de monitoramento

Por conta da quantidade absurda de golpes envolvendo usos indevidos de CPFs e falsidade ideológica ao longo dos últimos anos, diversas instituições passaram a oferecer, recentemente, serviços de monitoramento de CPF. Trata-se basicamente de uma plataforma na qual você cadastra seu documento e é alertado sobre qualquer movimentação ou consulta feita para ele.

Alguém (ou alguma empresa) consultou seu score? Alguém tentou abrir uma conta usando seu cadastro de pessoa física? Um financiamento foi aberto no seu nome? Você saberá tudo disso imediatamente, podendo reagir de forma proativa, seja acionando as autoridades ou entrando em contato com as instituições envolvidas para resolver a situação antes que tudo fique ainda pior. Vale a pena o investimento.