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XM: Butantan identifica nova variante recombinante da covid em São Paulo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Junho de 2022 às 10h02

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Vladimirzotov/Envato Elements
Vladimirzotov/Envato Elements

O Instituto Butantan anunciou ter identificado uma nova variante recombinante do coronavírus SARS-CoV-2, a XM. O vírus mescla características e mutações de duas sublinhagens da Ômicron, a BA.2 e a BA.1.1. Até o momento, apenas dois casos da nova cepa foram confirmados no estado de São Paulo.

As amostras foram encontradas em um homem de 28 anos, que vive na Grande São Paulo, e em um idoso de 71 anos, que mora em São José do Rio Preto, no interior paulista. Informações sobre o histórico de vacinação e os sintomas relatados pelos indivíduos ainda não foram compartilhados.

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O que sabemos sobre a cepa XM do coronavírus?

Por enquanto, poucos sequenciamentos genéticos da cepa XM foram reportados em todo o mundo e conhecimento sobre esta variante recombinante é limitado, explica o bioinformata da Rede de Alerta das Variantes — programa coordenado pelo Butantan — Alex Ranieri, em comunicado.

“Ainda não temos muito o que falar sobre ela porque só existem 41 sequenciamentos genéticos no mundo e a maioria foi encontrada na Alemanha e no Reino Unido”, acrescenta Ranieri.

É preocupante?

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Apesar do nome que pode soar estranho (XM) e do alto número de variantes que foram formadas nos últimos meses, especialistas reforçam que este é o processo natural dos vírus, incluindo o da covid-19, e não deve causar pânico.

“As pessoas não precisam ficar apreensivas com essas recombinantes, porque é um processo do vírus que acontece naturalmente. É importante continuar com as medidas de precaução como o uso de máscaras em lugares fechados, lavagem das mãos, uso de álcool gel e seguir a vida tranquilamente”, afirmou a bioinformata da Rede, Gabriela Ribeiro.

O que é variante recombinante?

É importante definir que uma variante recombinante surge quando um agente infeccioso apresenta um pedaço de seu genoma provindo de uma linhagem parental e outro pedaço de uma outra linhagem distinta, como a XM (BA.2 e BA.1.1).

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Entre as mais famosas está a Deltacron. A cepa é uma recombinação entre um vírus da variante Delta e um vírus Ômicron. Muito provavelmente, surgiu a partir de um caso de coinfecção — a pessoa foi infectada pelos dois vírus simultaneamente.

Se, após a recombinação, o vírus recombinante tem viabilidade biológica, ele se disseminar e infectar outras pessoas, isso caracteriza uma linhagem. No entanto, a maioria dos casos não evolui dessa forma e se limita a poucos infectados.

Outras variantes do coronavírus

Desde o mês de março, a Rede de Alerta tem identificando variantes recombinantes em amostras sequenciadas no estado de São Paulo, como a XE, XQ e XG. A seguir, confira as características de cada uma delas:

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Vale destacar que, apesar de algumas das variantes misturarem as mesmas cepas originas, as características finais dela (o resultado) tende a ser diferente. Isso porque uma mutação diferente em uma única proteína pode aumentar ou reduzir a capacidade de infecção de células saudáveis, por exemplo.

Fonte: Instituto Butantan