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Vacina da Pfizer-BioNTech é eficaz contra a mutação do coronavírus, diz estudo

Por| 08 de Janeiro de 2021 às 17h40

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Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Fernando Zhiminaicela/Pixabay

Com maior capacidade de transmissão, as novas variações do coronavírus SARS-CoV-2, descobertas no Reino Unido e na África do Sul, têm preocupado cientistas e pesquisadores. Isso porque determinadas mutações genéticas poderiam fazer com que as vacinas contra a COVID-19 perdessem parte de sua eficácia. No entanto, o imunizante da farmacêutica norte-americana Pfizer e da empresa de biotecnologia alemã BioNTech imunizam contra a nova mutação, segundo estudo.

Nesta sexta-feira (8), a farmacêutica Pfizer divulgou os resultados de um estudo in vitro, em parceria com a University of Texas Medical Branch (UTMB), confirmado que o imunizante é eficaz contra a mutação encontrada nas duas novas variantes do coronavírus, chamada de N501Y. Os resultados foram publicados em forma de preprint, na plataforma bioRxiv, e ainda aguardam revisão de outros pesquisadores.

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Vacina contra mutação do coronavírus

Para entender o porquê de a vacina da Pfizer-BioNTech funcionar nas novas variações do vírus, é preciso lembrar da proteína spike, presente na membrana dos coronavírus, em formato de coroas. É através delas que as células humanas saudáveis são invadidas e contaminadas. Por isso, a maior parte das vacinas contra a COVID-19 focam nessa estrutura do vírus para desencadear a imunização.

Mesmo que as variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul sejam diferentes, ambas compartilham a mutação N501Y, que está localizada na proteína spike, além de outras mutações consideradas menores no que se refere a capacidade de transmissão.

Dessa forma, o estudo analisou amostras colhidas do sangue de pessoas que já foram imunizadas. Em laboratório, os pesquisadores desenvolveram um coronavírus com a mutação N501Y e o colocaram em contato os anticorpos de 20 pessoas já vacinadas. Todas as amostras neutralizaram o agente infeccioso com a mutação.

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“Isso indica que a mutação principal N501Y, que é encontrada nas variantes emergentes do Reino Unido e da África do Sul, não cria resistência às respostas imunológicas induzidas pela vacina Pfizer-BioNTech”, afirmam os pesquisadores, em nota. No entanto, essa análise pode ser limitada, já que não analisa todas as mutações encontradas nas novas variantes, apenas uma.

Futuro da vacina da Pfizer-BioNTech

A vantagem, até o momento, é que as mutações não afetaram, de forma significativa, as principais partes do coronavírus, as proteínas spikes . Por isso, as fórmulas já existem mantêm a eficácia. Independente disso, as equipes de pesquisa continuarão a monitorar a eficácia da vacina Pfizer-BioNTech na prevenção da COVID-19 contra as novas cepas.

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Caso o coronavírus sofra uma mutação maior, os pesquisadores também entendem que será possível atualizar a vacina da Pfizer-BioNTech já existente. Isso porque elas adotam um RNA mensageiro (mRNA) sintético para promover a imunização e esse mRNA poderá ser adaptada para qualquer mutação necessária do coronavírus.

Em outras palavras, o mRNA atua como um mensageiro que ensina o organismo humano a produzir anticorpos contra a estrutura do coronavírus. Por isso, essa mensagem pode ser alterada. Inclusive, essa adaptação poderia ser realizada em um prazo de seis semanas.

O estudo completo da Pfizer-BioNTech, publicado na plataforma bioRxiv, pode ser acessado aqui.

Fonte: BioNTech