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Vacina contra COVID gera anticorpos em 90% dos imunossuprimidos, aponta estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Setembro de 2021 às 16h40

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Gustavo Fring/Pexels
Gustavo Fring/Pexels

Um novo estudo, publicado no periódico Annals of Internal Medicine, demonstra que as vacinas contra COVID-19 têm boa capacidade de produção de anticorpos, mesmo em pacientes que fazem uso de medicação imunossupressora. Segundo a pesquisa, cerca de 90% dos vacinados produzem resposta contra o coronavírus SARS-CoV-2.

No entanto, o estudo também tem uma informação negativa: essa resposta pode ser consideravelmente mais fraca. A quantidade de anticorpos produzida é por volta de apenas um terço entre os imunossuprimidos em comparação com pacientes saudáveis.

O estudo envolveu 186 participantes, sendo 53 que não faziam uso de remédios imunossupressores e 133 que utilizavam os medicamentos para controlar condições como doença inflamatória intestinal, artrite reumatoide, espondiloartrite e esclerose múltipla.

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Todos eles foram vacinados com imunizantes de RNA mensageiro, mais especificamente os produzidos pela Pfizer e pela Moderna, e cederam amostras de sangue duas semanas antes da primeira dose e até três semanas após a segunda.

O estudo demonstrou que duas classes específicas de remédios impactaram de forma mais aguda a imunogenicidade da vacina. Apenas 65% dos usuários de glicocorticoides e 60% de quem fazia terapias de depleção de células B desenvolveram níveis detectáveis de anticorpos.

Usuários de antimetabólitos, no entanto, não tiveram resposta diminuída em comparação com os participantes saudáveis. Entre as drogas dessa categoria estão o metatrexato (usado no tratamento de câncer) e inibidores de TNF (fator de necrose tumoral), usado como mediador de processo inflamatório no tratamento de doenças autoimunes, e de JAK (Janus Associated Kinases), usado contra artrite reumatoide.

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Uma questão que ainda segue sem respostas é a quantidade de anticorpos necessária para uma pessoa realmente estar imunizada contra a COVID-19. Essa relação ainda não está clara para a ciência, o que dificulta a tradução de índices de imunogenicidade em estimativas de eficácia de uma vacina. Essa incerteza é um dos motivos pelos quais pacientes imunossuprimidos têm sido priorizados em campanhas de aplicação da terceira dose da vacina pelo mundo, incluindo o Brasil.

O estudo completo pode ser conferido neste link.

Fonte: Futurity