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Trump proíbe vape com sabor nos Estados Unidos

Por| 11 de Setembro de 2019 às 15h45

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(Imagem: Reprodução/Financial Times)
(Imagem: Reprodução/Financial Times)
Donald Trump
ERRATA: Trump não proibiu os aparelhos (e-cigs) e sim as essências, popularmente conhecidas como "juice". O Canaltech corrigiu a notícia às 18h45 com as informações duplamente checadas.

O tempo tem se fechado para fabricantes de vape como a Juul. Acontece que, no decorrer da última semana, as autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram pelo menos 450 casos de doença pulmonar grave que podem ter sido causados ​​pelo uso de substâncias em cigarros eletrônicos, os populares vapes. Os casos correram em 33 estados, e trouxeram preocupação. Frente a tudo isso, o presidente do país, Donald Trump, resolveu proibir o cigarro eletrônico. A decisão foi tomada por meio de uma reunião de emergência feita nesta quarta-feira (11), na Casa Branca, que contou com a presença de conselheiros como o secretário de Saúde e Serviços Humanos Alex Azar e o comissário interino da Administração de Alimentos e Medicamentos Norman Sharpless.

A decisão da Casa Branca ocorreu apenas um dia depois que o ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, pediu a proibição de substâncias flavorizadas (chamadas também de juice, líquidos usados para "fazer fumaça") durante uma entrevista ao The New York Times, sob o argumento de que estava acontecendo "uma crise de saúde 'urgente'". Trump declarou para a imprensa dos Estados Unidos: "Não somente é um problema em geral, mas especificamente com relação às crianças. Nós podemos muito bem fazer algo muito, muito agressivo a respeito disso".

A situação da doença se agravou na última sexta-feira (6), quando as autoridades do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) revelaram a terceira e quarta mortes relacionadas ao vape em Minnesota e Indiana. Antes, uma morte em Illinois e uma em Oregon foram anunciadas. O paciente de Minnesota teve uma "hospitalização longa e complicada que envolveu uma lesão pulmonar grave que progrediu para incluir outras condições", segundo um comunicado.

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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) e os departamentos estaduais de saúde dos Estados Unidos dizem que estão trabalhando juntos para descobrir o que está de fato acontecendo, e contam que não encontraram uma causa definitiva ou uma conexão clara entre os casos de doenças pulmonares, mas que estão se aproximando de possíveis pistas. "Acreditamos que uma exposição química provavelmente esteja associada a essas doenças", diz Dana Meaney-Delman, gerente de incidentes do CDC. "É necessária uma investigação contínua para entender melhor se existe uma verdadeira relação entre qualquer produto ou substância específica e as doenças que estamos observando no país", acrescenta.

Por sua vez, Mitch Zeller, diretor do Centro de Produtos de Tabaco da FDA, afirma: "É importante enfatizar que a identificação de quaisquer compostos presentes nas amostras acabará por se tornar uma peça do quebra-cabeça". Na última semana, antes da proibição, Meaney-Delman já alertava: "O mais importante é que, enquanto essa investigação estiver em andamento, as pessoas devem considerar não usar produtos de cigarro eletrônico".

Fonte: The Verge