Anvisa autoriza estudo com terceira dose da AstraZeneca no Brasil
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela | •

Nesta segunda-feira (19), a Anvisa autorizou, além de testes com remédio contra câncer de próstata para combater a COVID-19, um estudo clínico para avaliar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da vacina Covishield (AstraZeneca/Oxford) em participantes do estudo inicial, ou seja, naqueles voluntários que já haviam recebido as duas doses do imunizante contra a COVID-19, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.
- Anvisa autoriza testes com remédio para câncer para combater COVID-19
- Brasileiros usam vagalumes para criar teste que brilha caso identifique COVID-19
- Veneno da aranha mais perigosa do mundo pode ajudar a salvar corações de humanos
"A terceira dose da vacina da AstraZeneca será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose.
Trata-se de um estudo de Fase 3, controlado, randomizado, simples-cego, ou seja, em que só o voluntário não saberá o que tomou: se uma dose da vacina ou de placebo", explicou a Anvisa, em nota.
No novo estudo, serão incluídos voluntários de 18 e 55 anos e que estejam "altamente expostos" à infecção do coronavírus, como profissionais de saúde. Patrocinado pela AstraZeneca, o estudo será realizado, exclusivamente, no Brasil e selecionará participantes nos estados da Bahia (1,5 mil voluntários), Rio de Janeiro (1,5 mil), Rio Grande do Sul (3 mil), Rio Grande do Norte (1,5 mil voluntários) e São Paulo (2,5 mil).
Na semana passada, a agência reguladora aprovou um outro estudo da AstraZeneca. No entanto, a pesquisa da semana passada busca avaliar um imunizante turbinado contra a COVID-19. Isso porque a fórmula foi desenvolvida a partir da variante Beta (B.1.351) do coronavírus, descoberta pela primeira vez na África do Sul.