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SP anuncia fase de transição no enfrentamento à COVID: o que muda?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Abril de 2021 às 18h40

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Nathana Rebouças/Unsplash
Nathana Rebouças/Unsplash

Nesta sexta-feira (16), o governo do Estado de São Paulo fez uma coletiva de imprensa para anunciar a nova fase do Plano São Paulo. Trata-se da fase de transição, com direito a reabertura do comércio e a permissão de cultos religiosos.

Segundo o vice-governador Rodrigo Garcia, a fase de transição serve para que dar passos seguros adiante sem o risco de retroceder. "Teremos duas semanas à frente da fase de transição. A primeira semana fazendo flexibilização para o setor do comércio e a segunda agregando o setor de serviços", disse o vice, acrescentando ainda que no atual cenário o governo procura "com muita segurança, se é que é possível, dar passos adiante".

O que muda na fase de transição?

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Com as mudanças, a partir do dia 24, comércio, restaurantes, salões de beleza e atividades culturais passam a funcionar das 11h às 19h, enquanto as academias funcionam das 7h às 11h e das 15h às 19h. A segunda semana da fase de transição também contempla o funcionamento de parques. No entanto, vale apontar que a abertura dos estabelecimentos deve acontecer com até 25% da capacidade, apenas.

Além disso, o toque de recolher das 20h às 5h permanece, assim como home office para atividades administrativas e escalonamento de entrada e saída de atividade de comércio, serviços e indústrias. Os bares só poderão funcionar como se fossem restaurantes: apenas servindo comida. Nada de bebidas alcoólicas.

De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, a fase de transição mantém muitos pontos da fase vermelha, no entanto, ressaltou que "a ocupação na fase laranja é de 40%, na fase de transição é de 25%".

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Enquanto isso, Paulo Menezes, coordenador do centro de contingência, afirmou que a fase laranja é mais permissiva, mais flexibilizada, do que as medidas que foram anunciadas. "O centro de contingência entende que, no mundo ideal, seria sempre bom o maior nível possível de restrição e de redução de mobilidade", disse. "Se fosse possível, idealmente, nos trancarmos dentro de casa por três, quatro semanas, teríamos um cenário de praticamente interrupção viral. Mas nós vivemos no mundo real, o centro de contingência compreende isso e entende que as medidas apontadas pelo governo permitem com que alguns setores e parte da população que estão sendo extremamente afetadas possem ter alguma chance de conseguir caminhar mantendo um alto nível de isolamento", afirmou.

Já do ponto de vista de João Gabbardo, também do centro de contingência, o governo entendeu que essa passagem para a fase laranja tinha um risco maior. "Optou-se por fazer essa fase de transição e que todo o estado continua com uma uniformidade de recomendações, o que facilita o controle, facilita para que as pessoas não saiam de uma região para buscar um serviço que está aberto em outra região", alegou.

Fonte: Folha de S. Paulo