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Remédio contra HIV é autorizado para tratar covid na China

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Julho de 2022 às 18h10

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Danilo Alves/Unsplash
Danilo Alves/Unsplash

Para o tratamento da covid-19, a China autorizou o uso emergencial do remédio Azvudina. Desenvolvido pela farmacêutica Genuine Biotech, o antiviral já é usado no país para o controle do HIV. Em testes, a pílula reduziu o risco de complicações em decorrência do coronavírus SARS-CoV-2.

Segundo a farmacêutica chinesa, o antiviral Azvudina é eficaz e seguro no tratamento da covid-19. Nos testes clínicos de Fase 3, 40% das pessoas infectadas, que receberam a fórmula por uma semana, apresentaram “sintomas clínicos melhorados”. Por outro lado, no grupo placebo, apenas 11% tiveram melhora no quadro.

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Apesar dos resultados promissores da pílula contra a covid-19, detalhes sobre o estudo clínico ainda não foram publicados por uma revista científica e nem passaram por revisão de outros pesquisadores.

Mais opções do tratamento da covid na China

As vacinas e o maior conhecimento sobre o comportamento da covid-19 no organismo mudaram completamente as perspectivas da pandemia e salvaram milhões de vida. No entanto, a doença ainda representa riscos, especialmente para aqueles que não tomaram as doses de reforço ou apresentam comorbidades. Em outras palavras, há um amplo mercado para novas terapias contra o coronavírus.

Por exemplo, o antiviral Azvudina é o primeiro medicamento desta classe a ser provado na China e, em paralelo, ter sido desenvolvido pela indústria farmacêutica local. Até então, a única pílula da covid-19 aprovada no país era o Paxlovid, da norte-americana Pfizer.

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O medicamento da Pfizer é altamente eficaz no tratamento da covid-19. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o seu uso para pacientes com risco de internação. No entanto, a oferta é limitada para a maioria dos países, incluindo a China.

Em análise, a agência de saúde chinesa também estuda liberar um segundo antiviral, com produção nacional. Este é o caso do VV116, da farmacêutica Shanghai Junshi Biosciences. No entanto, ainda não se sabe quando a fórmula chegará ao mercado.

Fonte: Nature