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Raspberry Pi pode acelerar fabricação de ventiladores no combate à COVID-19

Por| 13 de Abril de 2020 às 17h26

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Raspberry Pi
Raspberry Pi

Com o rápido avanço da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em vários países, os sistemas de saúde começam a ficar cada vez mais sobrecarregados e uma das maiores necessidades em termos de equipamento são os ventiladores respiratórios. Para acelerar a fabricação de mais dispositivos, muitos grupos vêm recorrendo a modelos mais fáceis e rápidos de construir. E aí é que entram os Raspberry Pi, computadores pequenos (do tamanho de um cartão de crédito) e baratos, vendidos sem carcaça e que podem agilizar bastante esse processo.

A Raspberry Pi Foundation adiantou que vem aumentando a produção de seus aparelhos Raspberry Pi Zero, justamente para poder acompanhar a alta demanda dos ventiladores. O dispositivo conta com um processador de apenas um núcleo Broadcom BCM2835 de 512 MB de RAM, rodando a 1 GHz e custa apenas US$ 5 (R$ 26 na conversão direta). Embora seja o menos poderoso da empresa, possui capacidade suficiente para controlar as tarefas de computação relativamente simples que o equipamento médico necessita para funcionar plenamente.

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Outro motivo pelo qual as placas Raspberry Pi são ideais para essa tarefa é a possibilidade da companhia em fornecê-las rapidamente. O CEO e fundador da Raspberry Foundation, Eber Upton, disse ao site Tom’s Hardware que sua organização “monta para estocar, em vez de fazer isso sob encomenda, por isso geralmente temos produtos à mão ou em andamento, com prazos de entregas curtos”.

A empresa fabricou 192 mil computadores Pi Zero e Pi Zero W no primeiro trimestre de 2020, e tem como objetivo produzir 250 mil neste segundo trimestre. Upton disse que, até onde ele sabe, esta é a primeira vez que os Raspberry Pi estão sendo usados como componentes de dispositivos médicos. Segundo a BBC, dois hospitais em Columbia, na Califórnia, vão iniciar testes com pulmões artificiais durante cinco dias consecutivos, nesta semana. Caso tudo dê certo, o próximo passo será avaliá-los em animais e, em seguida, ser distribuído para as Unidades de Terapia Intensiva.

Fonte: Tom's Hardware