Por que a Inglaterra está tão preocupada com grávidas e vacinas da covid?
Por Natalie Rosa | Editado por Luciana Zaramela | 27 de Outubro de 2021 às 09h40
Quando a covid-19 se tornou uma pandemia, ainda havia muitas dúvidas sobre o que era o coronavírus, qual era a sua gravidade, mortalidade e como prevenir a contaminação. O mesmo aconteceu em relação à imunização, principalmente de um grupo específico de risco: mulheres grávidas.
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Mas em alguns países, como na Inglaterra, os números de vacinação de grávidas ainda não são ideais, com apenas 15% delas imunizadas com as duas doses no país britânico. O motivo disso estar acontecendo, segundo especialistas, é a pouca informação sobre a segurança das vacinas, além da desinformação que circula nas redes sociais.
Atualmente, há muitas evidências que comprovam os benefícios da vacinação de mulheres grávidas, mas algumas acabam relutando em receber as doses por considerarem o imunizante como medicamento proibido durante a gestação. Porém, os riscos de desenvolver uma forma grave da doença, enquanto gestante, são maiores, deixando as futuras mães mais vulneráveis a sofrer problemas respiratórios, uma vez que o sistema imune é suprimido.
Gestantes também estão no grupo de risco da doença porque, quanto mais o bebê cresce, mais os pulmões das mães são comprimidos pelo útero, dificultando a respiração e tornando mais difícil o tratamento de infecções. Mulheres grávidas não-vacinadas também têm uma em cinco chances de ter um parto prematuro, além de um risco maior de ter um bebê natimorto.
Fonte: The Guardian