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Giro da Saúde: pílula do exercício; robô que remove coágulos; OMS e monkeypox

Por| 19 de Junho de 2022 às 08h00

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Sharon M./Unsplash; Image-Source/Envato; Wellcome/Wikipedia
Sharon M./Unsplash; Image-Source/Envato; Wellcome/Wikipedia

A semana foi marcada por avanços promissores na área da saúde, que incluem uma pílula emagrecedora, ainda em testes, que funcionou com roedores e um robô que viaja pela luz de vasos sanguíneos para "limpar" coágulos resultantes de acidente vascular cerebral. Acompanhe os principais destaques, agora, aqui no Giro da Saúde!

O microrrobô que pode limpar coágulos sanguíneos no cérebro

Imagina um robozinho de tamanho microscópico que consegue adentrar vasos sanguíneos em busca de coágulos para dissolver. Foi essa a ideia que pesquisadores da Purdue University tiveram ao criar um microdispositivo que limpa o sangue acumulado no cérebro após um acidente vascular cerebral (AVC).

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A nova técnica mostrou ter 86% de eficácia em animais, mais especificamente suínos. Ela é composta por um cateter autolimpante que funciona através de um microrrobô controlado magneticamente. Em testes, os cientistas conseguiram remover com sucesso o sangue do cérebro de seis dos sete animais com o dispositivo, mostrando que a inovação é um avanço promissor no tratamento de AVCs.

Tratamento com células-tronco controla doença rara e mortal

Pesquisadores alemães conseguiram desenvolver uma terapia para tratamento de hipertensão arterial pulmonar (HAP, ou pressão alta nos pulmões) usando células-tronco de cordão umbilical. Uma criança de 3 anos foi submetida a um tratamento experimental com a técnica e apresentou melhora substancial no quadro.

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Após cinco sessões de terapia em um intervalo de seis meses, a criança obteve melhoras do quadro e não apresentou efeitos adversos. De acordo com a junta médica envolvida na pesquisa, a menina não sofre mais limitações em sua capacidade de exercício e também cresceu e ganhou peso em uma proporção mais significativa que os meses anteriores. Houve, ainda, melhoria das funções pulmonar e cardíaca.

1 a cada 500 homens tem um cromossomo sexual extra

Se você se lembra das aulas de biologia, deve saber que a maioria dos homens possui um par de cromossomos sexuais (X e Y) em suas células, o que determina que o indivíduo venha ao mundo com o sexo masculino. No entanto, pode acontecer de alguns nascerem, em vez de XY, com cromossomos sexuais extras, resultando em células XXY ou XYY. A condição, que antes acreditava-se ser rara, parece ser mais comum do que se pensava.

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Após análise de 200 mil amostras de homens cadastrados no UK Biobank, banco genético do Reino Unido, descobriu-se que a estimativa deve ser duplicada — o que significa que um em cada 500 homens tem um cromossomo sexual a mais.

A pesquisa ainda mostra que homens XXY têm uma quantidade consideravelmente menor de testosterona que os XY, três vezes mais risco de ter a puberdade atrasada e quatro vezes mais chances de serem estéreis. Já os efeitos de um cromossomo Y a mais são menos compreendidos, mas homens XYY tendem a ser mais altos na infância e vida adulta, mas parecem ter funções reprodutivas normais.

Varíola dos macacos representa "risco para saúde pública", diz OMS

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Na última quarta (15), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto mundial de varíola dos macacos “representa um risco real para a saúde pública”. Agora, um comitê especial pretende avaliar se deve declarar a doença como uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”, tal como a covid-19.

Segundo Hans Kluge, diretor regional da OMS na Europa, epicentro do surto, "quanto mais tempo o vírus circular, mais estenderá seu alcance e mais forte será a base da doença em países não endêmicos". Ele ainda acrescenta que "governos, parceiros de saúde e sociedade civil precisam agir com urgência e juntos para controlar esse surto".

Kluge ainda afirmou que a varíola dos macacos não é um motivo para cancelar eventos, mas uma oportunidade de aproveitá-los para impulsionar engajamento na luta contra a doença.

Pílula do exercício: molécula inibe fome ao exercitar

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Uma recente descoberta pode deixar muita gente animada para perder uns quilinhos, e sem precisar de academia: pesquisadores da Baylor College of Medicine e da Stanford School of Medicine, em colaboração com outras instituições, descobriram uma molécula no sangue produzida durante os exercícios que pode ser, no futuro, sintetizada em pílula para ajudar no emagrecimento, inibindo a fome.

Trata-se do aminoácido Lac-Phe, uma molécula essencial produzida a patir do lactato, um subproduto da atividade física que causa as dores musculares após sua realização, e da fenilalanina, um aminoácido importante na formação das proteínas (daí o nome "lac" e "phe"). Em laboratório, os testes com camundongos mostraram que altas doses de Lac-Phe suprimiram o consumo alimentar de animais obesos em 50%.

Após 10 dias, o Lac-Phe diminuiu o consumo de alimento cumulativamente, além do peso corporal, devido à perda de gordura do corpo e aumento da tolerância à glicose. Agora, resta entender como o Lac-Phe media os efeitos no corpo humano.

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