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Pfizer faz nova oferta de vacinas ao Brasil, que agora custa R$ 1 bilhão a mais

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Maio de 2021 às 17h40

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Jubjang/Rawpixel
Jubjang/Rawpixel

No fim de 2020, o governo federal se deparou com a possibilidade de garantir doses da vacina da Pfizer, mas não quis assumir o risco por possíveis efeitos colaterais. Na última quinta (6), no entanto, o governo publicou documentos referentes a uma nova negociação. Mas a nova oferta oferta da Pfizer, de 100 milhões de doses do imunizante, agora custa R$ 1 bilhão a mais do que o valor anterior.

Acontece que, antes, a unidade do imunizante custava US$ 10 (o equivalente a R$ 52,29), mas agora custa US$ 12 (cerca de R$ 62,75), ou seja, 20% a mais. A oferta para nova compra custa mais que os R$ 6,6 bilhões liberados ontem pela Saúde em edital. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a pasta está na "iminência de fechar novo acordo com a Pfizer de 100 milhões de doses".

A entrega desse novo lote deve ser feita em duas etapas: a primeira remessa, de 30 milhões de doses, está prevista para chegar ao Brasil entre 1º de julho e 30 de setembro. Já a entrega do segundo lote, com 70 milhões de doses, deve chegar entre 1º de outubro e 31 de dezembro.

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Uma nota técnica assinada por Laurício Cruz, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da pasta, recomenda que o governo compre as doses, mas com a ressalva de que o valor está acima do que foi pago no contrato anterior, e pede pela negociação do preço.

Segundo o Estadão, o próprio ministério apontou que a compra ainda está em negociação e que há contrato assinado para aquisição de cem milhões de doses. A primeira remessa, de um milhão de unidades, chegou ao Brasil na semana passada.

Um ponto crítico nisso tudo é a possibilidade de perder doses durante o transporte, porque o imunizante da Pfizer se mantém estável por apenas cinco dias em refrigeradores comuns, com temperatura entre 2 ºC e 8 ºC. Para ser armazenado por períodos mais longos, de até seis meses, precisa estar em supercongeladores cuja temperatura varie entre -80 ºC e -60 ºC. A nota técnica menciona risco de que 30% das doses sejam perdidas.

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Preço na Europa

No entanto, não foi só para o Brasil que a Pfizer aumentou o preço de seu imunizante. A farmacêutica vai aumentar o preço das vacinas que comercializa para a União Europeia (UE) nos próximos contratos. O preço da Pfizer era de 12 euros (R$ 76), depois subiu para 15,5 euros (R$ 98,4). Nas compras para 2022 e 2023, nos contratos assinados com a União Europeia, o preço já é de 19,5 euros (R$ 123).

Fonte: Estadão, Business Today