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Apple pode escanear corpo de usuários para dar dicas de saúde, indica patente

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Março de 2023 às 10h53

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monkeybusiness/envato
monkeybusiness/envato

Com a aplicação de novas patentes, a Apple planeja ir além dos sistemas de reconhecimento de face (Face ID) e impressão digital (Touch ID) e passar a reconhecer o corpo inteiro dos usuários, utilizando o escaneamento para confirmar a identidade e fazer análises de saúde. Outros usos são especulados, mas o foco da patente está na maneira como isso será feito e não na sua finalidade.

A patente em si é chamada de "Dispositivos Eletrônicos com Circuito de Análise de Composição Corporal" (em tradução livre), e descreve um aparelho semelhante ao smartphone da marca, o iPhone, que seria responsável pelo escaneamento. Com os resultados obtidos pelo dispositivo, seriam exibidos conteúdos direcionados "para o benefício do usuário", segundo o documento.

Como detectar a composição corporal?

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O processo não seria, é claro, rápido e fácil como o reconhecimento do Face ID, mas a tecnologia poderia ser utilizada, a princípio, por um scanner maior, separado do aparelho celular, ou através de várias fotos de diferentes partes do corpo capturadas por um iPhone. Para imagens do corpo todo, escaneamentos teriam de ser feitos dos pés à cabeça ou por meio de diversos frames de imagem de diferentes partes corporais, como face, pescoço, pernas e cintura, conforme informações da Apple.

Os dados também podem incluir imagens tanto do corpo em posição frontal quanto lateral, e em sequências de imagem, como as presentes em vídeos onde o sujeito está respirando ou se movendo. Enquanto um escaneamento inicial precisaria de todas essas informações, usos posteriores poderiam incluir apenas a fotografia de certas partes do corpo para comparação com o usuário cadastrado de início.

Algumas partes do corpo são mais "reveladoras" do que outras — a gordura corporal tende a se acumular mais em certos lugares do organismo, em bolsões presentes em regiões como as bochechas e o pescoço, o que as torna mais indicativas da composição corporal do que outras. A testa de uma pessoa, por exemplo, pouco varia de acordo com as variações na gordura de um indivíduo, enquanto o pescoço traz mudanças mais óbvias.

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Alguns potenciais usos

Caso o aparelho consiga uma base de usuários ampla, será possível utilizar os dados para estudos quantitativos, estudando grupos de até centenas ou milhares de pessoas ao longo de períodos de tempo que vão de dias a semanas, meses ou até anos. Ao medir características faciais e do pescoço, já poderíamos ter uma boa ideia da composição corporal dos participantes, segundo a empresa.

E esses são apenas alguns dos usos, já que aplicações de patente, como já dissemos, podem cobrir toda uma gama de utilidades sem precisar de exemplos muito específicos. O propósito desse registro não é dizer o que se pode fazer com os resultados obtidos pelo escaneamento, mas sim explicar como obtê-los por meio da tecnologia.

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De acordo com a Apple, os principais usos estariam na entrega de conteúdo direcionado, escolhendo o que seria de maior interesse ao usuário com base nas características coletadas no escaneamento. Dados de saúde e da forma física de uma pessoa poderiam ser usados como indicadores para informar sobre o seu bem-estar, como a oferta de pareceres positivos para quem quer usar a tecnologia para alcançar metas de saúde.

Os inventores creditados da nova tecnologia são Gopal Valsan, Thilaka S. Sumanaweera, David J. Feathers e Pavan Kumar Anasosalu Vasu, todos residentes nos Estados Unidos.

Fonte: US Patent Application Publication