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Pandemia afeta mais as mulheres, também de forma social e econômica, diz OPAS

Por| 05 de Fevereiro de 2021 às 15h20

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Anna Shvets / Pexels
Anna Shvets / Pexels

As mulheres vêm sendo mais afetadas pela COVID-19. Não só em relação à saúde, como também social e economicamente, segundo Carissa F. Etienne, diretora da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), em declaração na última quarta-feira (3). A executiva pediu ainda uma maior atenção ao aumento da desigualdade de gênero durante a pandemia.

Para isso, Etienne diz que os países precisam ficar alerta e garantir que mulheres e meninas tenham o acesso necessário aos serviços de saúde. "Isso inclui linhas diretas de violência de gênero e serviços de saúde sexual e reprodutiva, que são serviços essenciais", comenta. Carissa diz ainda que, no início da pandemia, a atenção era voltada aos homens por eles serem os mais prováveis a terem a doença em sua forma grave, mas que isso mudou.

"As mulheres, que representam 70% dos profissionais de saúde do mundo, enfrentaram um enorme risco pessoal para cuidar de pacientes com COVID-19, mesmo quando tinham pouco equipamento de proteção à sua disposição", diz a diretora. Desde o início da pandemia, mais de um milhão de profissionais de saúde que trabalham na linha de frente nas Américas foram infectados pela doença, e quatro mil morreram, sendo a maioria mulheres.

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Etienne destaca ainda as questões sociais, contando que muitas mulheres precisaram deixar seus empregos durante a pandemia para cuidar das famílias, prejudicando o bem-estar e a renda. "E as medidas contínuas de ficar em casa, juntamente com as tensões econômicas adicionais, estão aumentando os riscos de violência doméstica. Para muitas mulheres, o lar não é um espaço seguro", reforça.

A diretora da OPAS revelou também a situação atual da pandemia nas Américas, contando que, no total, mais de 1,8 milhão de pessoas ficaram doentes devido ao coronavírus, com o número de mortes chegando a mais de 47 mil. Na América do Norte, nos Estados Unidos e no Canadá os números estão caindo, enquanto no México estão apenas aumentando. Já na América Central, Guatemala e Honduras estão passando por um aumento de casos, além da República Dominicana, Haiti, Porto Rico e Cuba, com redução vista apenas no Caribe.

Na América do Sul, praticamente todos os países estão registrando aumento de infecções pela COVID-19. "Hoje estamos vendo que cidades, províncias e países que anteriormente conseguiram controlar os surtos de COVID-19 estão tendo um ressurgimento às vezes devastador de casos em nossa região e além. Isso deve servir como uma lição de que manter o vírus sob controle não é um esforço único, mas um compromisso constante enquanto a transmissão ainda está ativa", completa a diretora.

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Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde