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Pacientes podem apresentar problemas cognitivos e comportamentais pós-COVID

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Junho de 2021 às 20h20

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twenty20photos/envato
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A COVID-19, além de trazer riscos à saúde durante o período da infecção, pode resultar em consequências para o futuro. Segundo um novo estudo, realizado na Itália, alguns pacientes relataram sintomas de problemas cognitivos e comportamentais cerca de dois meses depois de terem recebido alta da internação pela doença. A amostragem ainda não foi revelada.

Entre os sintomas, que foram monitorados ao longo de oito semanas, estão problemas de memória, consciência espacial e dificuldades no processamento de informações. Ainda segundo a pesquisa, um a cada cinco pacientes relataram sofrer de estresse pós-traumático, e 16% deles apresentavam também sintomas de depressão.

Para chegar às respostas, os pesquisadores fizeram testes de habilidades neurocognitivas nos voluntários, além de exames de ressonância magnética no cérebro dos pacientes, dois meses após os sintomas iniciais da COVID-19. Os resultados mostraram que 50% dos participantes do estudo apresentaram distúrbios cognitivos, e 15% problemas com a função executiva, que envolve a memória de trabalho, pensamento flexível e processamento de informação.

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Além disso, 6% deles tiveram problemas visuoespaciais, com dificuldade para entender a profundidade da visão e de ver o contraste. Também 6% dos pacientes tiveram problemas de memória depois de pegar a doença, e 25% apresentaram a combinação de todos os sintomas. Em pacientes com menos de 50 anos, os problemas cognitivos e psicopatológicos se mostraram ainda mais graves.

Ainda de acordo com o estudo, a maior gravidade dos sintomas respiratórios provocados pelo coronavírus foi associada com as funções executivas mais prejudicadas. Massimo Filippi, professor do Instituto Científico e Universidade Vita-Salute San Raffaelle, em Milão, o estudo confirmou que problemas cognitivos e comportamentais estão associados com a doença provocada pelo SARS/CoV-2, persistindo no organismo por vários meses.

Filippi disse ainda que os sintomas afetaram três a quatro pacientes jovens que ainda estavam em idades produtivas. "Uma descoberta particularmente alarmante são as mudanças nas funções executivas que encontramos, o que pode tornar difícil para que as pessoas se concentrem, planejem e pensem de forma flexível e se lembrem das coisas", diz o professor. O estudo reforça que esses sintomas não foram relacionados com o volume cerebral de cada paciente.

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Fonte: Medical Xpress, PR Newswire