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OMS vai decidir se varíola dos macacos é emergência global

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Junho de 2022 às 10h18

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s_kawee/envato
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Frente aos surtos da varíola dos macacos (monkeypox) registrados em 39 países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocará um comitê de emergência para a próxima semana. O grupo de especialistas irá avaliar dados sobre os casos da infecção e avaliar se a situação representa uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (Pheic, em inglês).

Vale explicar que este é um dos níveis mais altos de alerta contra doenças, emitido pela OMS. No momento, a definição se aplica apenas à covid-19 e à poliomielite (pólio). Em 2014, foi usado para descrever a situação causada pelo vírus Ebola.

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Além disso, a OMS trabalha para mudar o nome da varíola dos macacos — já que a doença não está necessariamente ligada aos primatas não humanos — e de seus clados, o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). "Faremos anúncios sobre os novos nomes o mais rápido possível", afirma a organização.

Aumento nos casos de monkeypox

"O surto global de varíola dos macacos é claramente incomum e preocupante", adianta o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre a situação epidemiológica do vírus.

Desde o começo deste ano, mais de 1,6 mil casos da doença foram confirmados e outros 1,5 mil são considerados suspeitos da infecção. Desse total, 32 países que registraram casos são não endêmicos para a doença e apenas sete convivem com o vírus há alguns anos (endêmicos).

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Até agora, 72 mortes foram relatadas em países anteriormente afetados. No entanto, a OMS busca informações sobre um possível óbito da doença que teria ocorrido no Brasil.

Vacinação contra a varíola dos macacos

No momento, "a OMS não recomenda a vacinação em massa contra a varíola dos macacos", afirma Tedros. "Embora se espere que as vacinas contra a varíola forneçam alguma proteção contra a varíola, há dados clínicos limitados e oferta limitada", explica.

Caso países adotem a imunização contra o vírus monkeypox, a OMS aconselha que sejam privilegiados os contatos próximos de pessoas infectadas e os profissionais da saúde, que atuam no enfrentamento dos surtos. "Também é essencial que as vacinas estejam disponíveis de forma equitativa sempre que necessário", completa Tedros.

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Fonte: OMS