OMS pede adiamento da terceira dose contra COVID-19
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 23 de Agosto de 2021 às 18h15
Em meio à vacinação contra a COVID-19, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um pedido aos países: adiar o reforço (ou seja, a terceira dose) das vacinas. A prioridade deve ser o aumento das taxas de vacinação em países onde apenas 1% ou 2% da população foi imunizada.
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Segundo o diretor, vacinas destinadas para terceira dose devem ser doadas a países onde as pessoas não receberam sua primeira ou segunda dose. A exceção envolve aqueles cujo sistema imunológico está comprometido, que devem receber uma dose de reforço. Mas esse público representa apenas uma pequena porcentagem da população.
A OMS também chegou a afirmar que os dados atuais não indicam que as vacinas de reforço contra a COVID-19 são necessárias e que as pessoas mais vulneráveis em todo o mundo devem ser totalmente vacinadas antes que os países de alta renda implementem uma terceira dose.
Por que já pensam na terceira dose?
Estudos israelenses já ressaltaram que uma terceira dose da vacina da Pfizer melhorou significativamente a proteção contra infecções e doenças graves entre pessoas com 60 anos ou mais em comparação com aqueles que receberam duas doses.
Israel começou a administrar terceiras doses para maiores de 60 anos em 30 de julho. As doses de reforço são administradas apenas para aqueles que receberam a segunda injeção há pelo menos cinco meses.
Fonte: O Globo