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Ômicron: Fiocruz aponta aumento na ocupação das UTIs no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Janeiro de 2022 às 14h30

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fernando zhiminaicela/Pixabay
fernando zhiminaicela/Pixabay

A chegada da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 marca uma nova onda da doença no Brasil e, consequentemente, leva a um aumento na ocupação de UTIs no Brasil, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No momento, apenas o estado de Pernambuco está em uma zona de alerta crítico.

Em nota técnica, divulgada na quarta-feira (12), o Observatório covid-19 Fiocruz apontou para o crescimento da taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS). A tendência é de crescimento, mas a situação é diferente daquela que o Brasil enfrentou no começo do ano passado.

Vale lembrar que, segundo a plataforma Our World in Data, 67,8% da população brasileira já recebeu as duas doses da vacina ou um imunizante de dose única contra a covid-19. Em números, isso significa que 145,2 milhões de brasileiros estão imunizados, o que é um diferencial no combate à pandemia.

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Estados com UTIs ocupadas pela Ômicron

Na análise do Observatório covid-19, os estados e capitais brasileiras foram divididos em três cenários: zonas de alerta crítico, intermediário (médio) e baixo. A seguir, confira quais regiões estão com os maiores índices de ocupação de leitos de UTI:

  • Zonas de alerta crítico: o estado de Pernambuco (82%) e as capitais Fortaleza (88%), Recife (80%),
    Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%);
  • Zonas de alerta intermediário: os estados do Pará (71%), Tocantins (61%), Piauí (66%), Ceará (68%), Bahia (63%), Espírito Santo (71%), Goiás (67%) e Distrito Federal (74%). Também são classificadas as capitais Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%).
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Para o levantamento, não foram considerados dados dos estados do Mato Grosso do Sul e de Roraima, porque não estavam disponíveis no momento da coleta.

Situação é igual ao começo de 2021?

Segundo a Fiocruz, o patamar de ocupação de leitos é bastante diferente do verificado em 2021, onde o Brasil chegou a registrar a marca de 3 mil mortes diárias por covid-19 na média móvel. Além disso, em janeiro do ano passado, o sistema de saúde do Amazonas colapsou e faltou oxigênio para pacientes internados.

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"Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, consideramos fundamental ratificar a ideia de que temos um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da Covid-19 pela Ômicron", explicam os pesquisadores do Observatório, em nota. Inclusive, a equipe divulgou um comparativo das ocupações desde julho de 2020.

"Por outro lado, não podemos deixar de considerar o fato de a ocupação de leitos de UTI hoje também refletir o uso de serviços complexos requeridos por casos da variante Delta e casos de Influenza", avisam os pesquisadores. Em outras palavras, outras doenças competem por leitos, o que não ocorria nos momentos mais críticos da pandemia.

Diante do atual cenário, é importante que as autoridades de saúde possam identificar uma eventual necessidade de reabertura de leitos. Além disso, é necessário reorganizar a rede de serviços de saúde para gerir desfalques de profissionais afastados por contrair a infecção. Por fim, a campanha de vacinação contra a covid-19 ainda precisa ser estimulada, principalmente os reforços.

Fonte: Agência Fiocruz e Our World in Data