Ômicron: 4 doses da vacina podem não ser suficientes, diz estudo preliminar
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 18 de Janeiro de 2022 às 09h41
A relação entre as vacinas contra covid-19 e a Ômicron segue como alvo de diversos estudos. O mais recente deles, conduzido pelo Centro Médico Sheba, em Israel, afirma que quatro doses podem ser insuficientes contra a variante. Ao todo, 274 pessoas fizeram parte da pesquisa preliminar (ou seja, que ainda não foi revisada ou publicada).
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Os cientistas dividiram esses participantes em dois grupos: o primeiro, com 154 componentes, tomou a dose de reforço da Pfizer depois da imunização feita com a vacina da Moderna. Enquanto isso, o segundo grupo (120 pessoas) chegou a receber três doses da vacina da Pfizer antes de tomar a dose de reforço da Moderna.
Embora essas doses de reforço tenham proporcionado um aumento no número de anticorpos, foram insuficientes para neutralizar completamente a variante. "Sabemos, até agora, que o nível de anticorpos necessários para proteger e não se infectar com a Ômicron é provavelmente alto demais para as vacinas, mesmo se for um bom imunizante", afirma Gil Regev-Yochai, diretor da Unidade de Doenças Infecciosas, em entrevista à agência de notícias Reuters.
Vacinas contra Ômicron
Em paralelo aos estudos que almejam entender o efeito das vacinas "tradicionais" contra a covid-19 na neutralização da variante, a Pfizer decidiu produzir um imunizante voltado justamente para conter as novas variantes do coronavírus. A vacina contra a Ômicron está prometida para chegar em março, e a farmacêutica chegou a anunciar que o processo de produção já teve início.
Fonte: Reuters