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O que acontece se você não tomar a segunda dose da vacina contra COVID-19?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Agosto de 2021 às 18h35

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Elements/davidpereiras
Elements/davidpereiras

No início de agosto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que cerca de 7 milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a COVID-19 em atraso. Mas você sabe o que significa deixar de tomar a segunda dose do imunizante e qual a gravidade disso?

Um novo estudo da Northwestern University (EUA) mostra que dois meses após a segunda dose da Pfizer, a resposta de anticorpos diminui 20% em adultos com casos anteriores de COVID-19. O estudo também aponta o quão bem as vacinas atuais resistem a variantes.

No laboratório, os pesquisadores testaram os anticorpos e concluíram que cerca de três semanas após a segunda dose da vacina, o nível médio de inibição foi de 98%, indicando um nível muito alto de anticorpos. Em amostras de teste coletadas dois meses após a segunda dose, eles descobriram que as respostas de anticorpos diminuíram em cerca de 20%.

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Os pesquisadores ainda descobriram que a resposta dos anticorpos à vacinação variou com base no histórico de infecção anterior: indivíduos com casos clinicamente confirmados de COVID-19 e múltiplos sintomas tiveram um nível mais alto de resposta do que aqueles que testaram positivo, mas tinham sintomas leves ou eram assintomáticos.

“Muitas pessoas, e muitos médicos, estão presumindo que qualquer exposição anterior ao SARS-CoV-2 conferirá imunidade à reinfecção. Com base nessa lógica, algumas pessoas com exposição anterior não acham que precisam ser vacinadas e que só precisam da primeira dose. Nosso estudo mostra que a exposição anterior ao SARS-CoV-2 não garante um alto nível de anticorpos, nem garante uma resposta robusta de anticorpos à primeira dose da vacina. Para pessoas que tiveram infecções leves ou assintomáticas, sua resposta de anticorpos à vacinação é essencialmente a mesma que para pessoas que não foram expostas anteriormente", escrevem os especialistas.

O estudo conclui que há uma boa proteção contra as variantes após a vacinação, mas não tão boa quanto a versão original do vírus para a qual a vacina foi projetada. O artigo completo pode ser encontrado aqui.

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Riscos de não tomar a segunda dose

Se alguém tomar apenas a primeira dose, não estará devidamente protegido, segundo a própria Sociedade Brasileira de Imunizações. Basicamente, a pessoa fica resguardada com duas doses. Se ela toma só uma, não completou o esquema e não está vacinada adequadamente.

Mesmo que a primeira dose já dê um pouco de proteção, essa taxa não está dentro dos parâmetros estabelecidos pelos especialistas e pelas instituições sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o próprio Ministério da Saúde.

Outra preocupação dos especialistas é que ao receber a primeira dose o indivíduo pode ficar com uma falsa sensação de segurança e passar a achar que já está imune ao vírus, flexibilizando ou até anulando os protocolos de prevenção contra a COVID-19.

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Por fim, é preciso alertar a possibilidade de invalidar a primeira dose e ser necessário iniciar a vacinação do zero, o que traz impactos nos estoques limitados dos imunizantes e atraso na vacinação das pessoas que ainda estão na fila de espera.

Fonte: Science Daily, ICTQ