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Número de casos suspeitos de hepatite infantil misteriosa sobe para 47 no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Maio de 2022 às 09h40

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Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O número de casos investigados da hepatite infantil misteriosa sobe para 47 no Brasil, aumento substancial em relação à semana passada, que registrava 28 suspeitas. No total, já foram 58 notificações em 11 estados, com 11 delas tendo sido descartadas pelo Ministério da Saúde.

Até a última quarta-feira (18), o número de casos em análise no estado de São Paulo era de 14, com oito em Minas Gerais, cinco no Rio Grande do Sul, quatro no Rio de Janeiro, quatro em Pernambuco, três em Mato Grosso do Sul, três em Santa Catarina, dois no Paraná, dois no Espírito Santo, um no Maranhão e um em Goiás.

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Estudando os casos

A partir de 45 dos casos monitorados, foi feita uma análise demonstrando uma média de idade nos infantes infectados de 7 anos, indo de 8 meses a 16 anos de idade. 54% dos casos são em meninos, e 46% em meninas. Em crianças com histórico saudável, os sintomas são: febre, icterícia, vômito, diarreia, urina escura e fezes brancas e dores no abdômen.

Segundo os pesquisadores, isso representaria um quadro típico da doença, mas o motivo e o número elevado de casos graves diferenciam as ocorrências atuais. Na última sexta-feira (13), o Ministério da Saúde montou um grupo — uma sala de situação, na verdade — para o acompanhamento dos casos e orientação dos municípios afetados. A investigação inclui coleta de amostras de sangue, fezes e secreção nasal e análise por laboratórios centrais ligados ao SUS.

A maioria dos infectados teve uma boa recuperação e alta dos hospitais, mas o número de casos graves é preocupantes: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu 429 notificações de casos suspeitos em 22 países, sendo que 6% das crianças (ou seja, 26) teve de passar por um transplante de fígado.

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Os casos de hepatite infante ainda são de causa desconhecida, e já foi descartada a possibilidade da infecção pelo vírus das hepatites A, B, C, D e E, bem como casos de intoxicação medicamentosa. Segundo pesquisadores, a hipótese mais provável é a de infecções pelo adenovírus, já que está presente em muitos dos casos estudados, mas com um provável segundo fator, já que ele, sozinho e sem mutações, nunca foi associado à doença em crianças.

Há teses de que uma infecção prévia pela covid-19 possa ser um fator de comorbidade para as crianças infectadas, mas vale lembrar que a OMS descarta ligações entre a hepatite infantil e qualquer vacina contra o SARS-CoV-2. O secretário-executivo do Ministério da Saúde afirma que o grau de alerta ainda é de vigilância.

Fonte: Ministério da Saúde