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Nova pele eletrônica consegue diferenciar pressão, dor e temperatura

Por| 07 de Setembro de 2020 às 10h00

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Reprodução: RMIT University
Reprodução: RMIT University

Na Austrália, cientistas da Universidade RMIT, na cidade de Melbourne, anunciaram a criação de uma pele artificial capaz de sentir dor, pressão e temperatura. O material,  que recria as características de uma pele real, envia sinais elétricos ao cérebro através das vias neurais.

De acordo com os cientistas criadores do projeto, o objetivo principal é conseguir transmitir sensações táteis em próteses de braços e pernas, ajudando na substituição de enxertos de pele reais por materiais artificiais. Madhu Bhaskaran, um dos autores do estudo, conta que nós estamos sentindo coisas através da pele o tempo todo, mas que a nossa resposta à dor apenas entra em ação quando necessário, quando tocamos algo muito quente, por exemplo.

"Nenhuma tecnologia eletrônica foi capaz de imitar uma sensação de dor humana de forma tão realista — até agora. Nossa pele artificial reage instantaneamento quando a pressão, o calor ou o frio atingem um limite doloroso", conta o cientista. O projeto envolveu a criação de três diferentes dispositivos: um que detecta a pressão, um a temperatura e outro a dor.

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Os pesquisadores usaram materiais óxidos combinados com silicone, que possibilitou a criação de algo que pode ser dobrado e flexionado sem quebrar, além de um revestimento sensível à temperatura. Então, com a ajuda de células de memória semelhantes ao cérebro, foi possível decidir como processar os dados sensoriais e enviar os sinais corretos quando os limites são atingidos.

Ataur Rahman, co-autor do estudo, diz que a equipe, portanto, criou o primeiro somatossensor eletrônico, trazendo um grande avanço para a ciência. "Embora algumas tecnologias existentes vêm usando sinais eletrônicos para imitar diferentes níveis de dor, esses novos dispositivos podem reagir à pressão mecânica, dor e temperatura reais, entregando a resposta eletrônica correta", explica o pesquisador.

Então, a pele será capaz de reconhecer, pela primeira vez, a diferença entre esbarrar em um alfinete, por exemplo, ou receber um corte profundo. "Uma distinção crítica que nunca foi alcançada antes eletronicamente", completa.

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Fonte: RMIT University