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Giro da Saúde: nova artéria no braço; lente de contato com microagulhas

Por| 31 de Julho de 2022 às 08h00

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Sina Rezakhani/Unsplash; Rawpixel/Freepik
Sina Rezakhani/Unsplash; Rawpixel/Freepik

Não teve tempo de acompanhar o noticiário na semana passada? Sem problemas: todo domingo, o Canaltech resume o o que rolou de mais importante no mundo da ciência e da medicina, no Giro da Saúde!

Cientistas reconstroem genoma de bactéria de múmia de 400 anos

Bactérias também fazem história! Um estudo publicado recentemente na Communications Biology analisou amostras de Escherichia coli, bactéria do trato gastrointestinal, coletada de uma amostra proveniente de uma múmia italiana de mais de 400 anos. A ideia foi reconstruir o genoma da bactéria para estudar sua evolução, principalmente no que tange a resistência aos antibióticos atuais.

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“Conseguimos identificar que [a bactéria] era um patógeno oportunista, investigar as funções do genoma e fornecer diretrizes para ajudar os pesquisadores que podem explorar outros patógenos ocultos”, afirma George Long, o principal autor do estudo e pesquisador da Universidade McMaster. Com base no material genético preservado, os cientistas reconstruíram o genoma da E. coli e descobriram que, na múmia em questão, ela provavelmente foi a causadora de uma inflamação crônica na vesícula.

Evolução nos presenteia com uma nova artéria no braço

Pesquisadores australianos identificaram um novo traço evolutivo nos humanos: muita gente apresenta uma terceira artéria nos braços, que normalmente está presente nos fetos quando em desenvolvimento, mas desaparece pouco depois. Agora, muitos adultos estão ostentando a variação anatômica.

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Essa tal artéria, nos fetos, serve para transportar sangue até os antebraços e mãos, sendo substituída por duas outras antes do nascimento. Após análises e dissecção de cadáveres, os cientistas estipulam que uma pessoa nascida em meados dos anos 1880 tinham 10% de chance de apresentar a artéria extra, enquanto um indivíduo de meados do 1900 tinha uma chance de 30%.

Segundo os cientistas, isso resulta de mutações nos genes envolvidos no desenvolvimento de artérias mediais ou problemas de saúde nas mães durante a gravidez — talvez os dois. Se a tendência se mantiver, é previsto que a maioria das pessoas nascidas em 2100 apresentem essa microevolução, que inclusive aumenta a circulação sanguínea para as mãos.

Esta lente de contato com microagulhas trata doenças nos olhos

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Uma equipe de cientistas coreanos e americanos desenvolveu uma lente de contato tecnológica capaz de tratar doenças oculares por meio de microagulhas. Os testes com o aparato foram feitos em coelhos, mas já são promissores: as nanoagulhas levam remédios que penetram suficientemente no tecido ocular, diferente dos tradicionais colírios e pomadas.

As nanoagulhas embutidas na lente são feitas de silício e se decompõem com o tempo, enquanto liberam as medicações. Elas são tão pequenas que não causam dor ou desconforto. Nos coelhos, as lentes conseguiram reduzir quase que por completo a neovascularização da córnea após 28 dias da aplicação das nanoagulhas. Mesmo que tenha dado certo em roedores, é preciso muito trabalho e pesquisa para avaliar os efeitos da invenção em humanos.

Descoberta forma de controlar metabolismo e contração muscular

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Um novo estudo revelou um segredo que pode interessar a galera da academia: como o músculo esquelético se ajusta ao treinamento de alta intensidade, e como alterações nos mecanismos conseguem controlar o metabolismo e a contração muscular.

Treinos intensos, segundo o artigo, aumentam a quantidade de proteínas musculares esqueléticas, essenciais para o metabolismo energético e a contração muscular. Isso faz com que proteínas metabólicas sejam alteradas, gerando gasto de energia e hipertrofia das fibras musculares. Foram avaliados oito voluntários, que passaram por cinco semanas de treinamento intenso de ciclismo, três vezes por semana.

A análise revelou que, durante os treinos, há um aumento significativo na produção de proteínas usadas para construir as mitocôndrias — lembra delas? São as organelas responsáveis por gerar energia nas células, peças importantíssimas do metabolismo. Elas participam ativamente do processo de contração muscular. Além delas, os pesquisadores encontraram novas proteínas que participam deste processo metabólico. Se um atleta fica fatigado, por exemplo, pode ser por falta dessas proteínas que a contração muscular fica prejudicada.

Beber uma taça de vinho por dia faz bem, mesmo?

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Afinal, a máxima de que beber uma taça de vinho tinto por dia faz bem para a saúde é, de fato, verdadeira? Segundo a ciência, nem tanto. Uma equipe internacional revisou 22 estudos e descobriu que as pessoas que consomem 800 miligramas de flavonoides (um tipo de polifenol encontrado no vinho) por dia alcançam um risco de morte 24% menor. Essas substâncias protegem as células dos danos causados ​​por moléculas instáveis ​​chamadas radicais livres, que estão associadas a doenças cardíacas e risco de câncer.

Mas há um porém: 800 miligramas são muitos flavonoides, o equivalente a vários galões de vinho, ou melhor: 133 taças. Além disso, existem outras fontes potencialmente mais saudáveis ​​de polifenóis, como a cebola, por exemplo. Ainda assim, existem evidências científicas de que beber quantidades moderadas de vinho seja saudável para o coração, além de aumentar o colesterol bom, reduzir o risco de coágulos sanguíneos, ajudar a prevenir danos nas artérias causados ​​pelo colesterol ruim e melhorar a função da camada de células que revestem os vasos sanguíneos.

Moral da história: no final das contas, como não há muita evidência de que o álcool tenha um efeito protetor, não faz sentido começar a beber uma taça de vinho por dia tendo em mente melhorar a saúde do coração, levando em conta os flavonoides. Afinal de contas, é cientificamente comprovado que o álcool aja muito mais como fator de risco para predispor uma pessoa a doenças do que para proteger delas.

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