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Neste Dia do Idoso, confira 6 dicas para abandonar o preconceito

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Outubro de 2021 às 11h35

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 twenty20photos/Envato
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Dentre os 210 milhões brasileiros, há simplesmente 37,7 milhões são pessoas idosas, ou seja, que têm 60 anos ou mais. As informações são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além desses dados, o departamento afirma que 18,5% dessa população ainda trabalha e 75% dela contribui para a renda de onde moram. Para lembrar a importância dessa população, é celebrado nesta sexta (1º) o Dia Nacional da Pessoa Idosa. A comemoração foi instituída em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e no Brasil.

Com isso em mente, confira algumas dicas para evitar termos preconceituosos e ter melhores comportamentos em relação aos idosos, um olhar necessário para todos:

Não trate velhice como doença

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Envelhecer é um direito da humanidade, reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) ao publicar o “Relatório Mundial de Envelhecimento Saudável”, em 2015, trazendo o conceito de autonomia e saúde e destacando que a velhice seria o resultado das influências biopsicossociais em nosso curso de vida, sendo, portanto, heterogênea e individualizada.

Em janeiro de 2021, a própria OMS classificou a velhice como doença (CID-11). A doutora Thais Bento Lima, gerontóloga e parceira científica do Método Supera, afirma que essa decisão contribui para o descaso e para os estereótipos com a pessoa idosa. “Tratar a velhice como uma referência diagnóstica poderá comprometer a realização de uma investigação clínica mais detalhada de uma doença específica deste período, quando esta apresentar sinais e sintomas inespecíficos, que são bastante comuns na velhice. Assim, se o paciente tiver 60 anos ou mais, o médico poderá apenas entender que se trata de um problema de “velhice”, aponta a professora.

Entenda o conceito de "idadismo"

Para entender o preconceito contra pessoas idosas, é preciso entender o conceito de idadismo. O termo é utilizado no meio acadêmico para tratar do preconceito relacionado à idade, colocando na maior parte das vezes o jovem como um ser superior ao idoso, tornando-o descartável para a sociedade. “Na prática é muito simples entender o idadismo a partir de questões simples ligadas ao nosso dia a dia, como propagandas e programas de TV, piadas e publicações preconceituosas em redes sociais, satirizando os idosos em diferentes momentos de suas rotinas”, explica Thais Bento. 

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Abandone termos pejorativos

Por mais que determinados termos pareçam carinhosos, como "vovozinho", "vovozinha", etc, podem soar ofensivos e preconceituosos para quem já passou dos 60 anos, reforçando na sociedade um comportamento de exclusão. “Um exemplo simples que nos ajuda a enxergar o problema com mais clareza é que os termos 'velho' e 'avô/avó' não são sinônimos. Logo, nem todo idoso será avô de alguém. Caso você opte por não ter filhos, não assumirá esse papel social quando velho, e pode se sentir desconfortável ao ser abordado como tal. Portanto é sempre importante nos atentarmos aos estereótipos”, alerta a especialista.

Reconheça idosos como uma população economicamente ativa

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Durante a pandemia, com acentuação dos números de desemprego no país, milhões de idosos assumiram com os seus benefícios sociais as despesas de famílias inteiras sendo em muitos casos os principais provedores da casa. No passado os idosos não eram considerados uma população economicamente ativa e tinham seus direitos violados. “Os benefícios sociais que são pagos aos idosos representam hoje uma parcela significativa da economia brasileira. Este dinheiro vem das mãos de pessoas que contribuíram para o país e que, no período destinado ao aproveitamento de seu tempo por vezes precisam voltar a trabalhar para somar esses ganhos a suas aposentadorias, devido a fatores sociais, como perda de direitos conquistados e o aumento de custos para o acesso a serviços e à oportunidades de uma melhor qualidade de vida”, relembra a professora.

Lembre que a única semelhança entre idosos é a idade

A única coisa que há em comum entre os idosos, ao menos de uma mesma nação, é a sua idade cronológica (60+ em países em desenvolvimento e 65+ em países desenvolvidos). “As mudanças são próprias da nossa idade e, por conseguinte, não possuem um marcador cronológico, o que implica na existência de idosos longevos com uma saúde que pode ser equiparada a de um jovem adulto, além disso a velhice tem suas múltiplas faces, cada indivíduo que está envelhecendo deve ter a sua particularidade respeitada”, alerta a professora.

Entenda: idosos têm direitos

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Os direitos dos idosos estão garantidos na Constituição Federal, que, em seu Artigo 230, define que família, sociedade e Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando a sua participação na  comunidade, defendendo sua dignidade, promovendo seu bem-estar e garantindo o direito à vida. Outro instrumento para garantia dos direitos dessa população é o Estatuto do Idoso. Criado em 2003, ele assegura, de forma permanente, direitos fundamentais, medidas de proteção, política de atendimento, acesso à Justiça e proteção judicial.

Mesmo com todas essas garantias, idosos ainda são vítimas de diversos tipos de violência, entre elas física, psicológica e financeira. Para combater esses abusos, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) criou uma cartilha sobre o combate à violência contra a pessoa idosa  e recebe denúncias contra essa população por meio do Disque 100. Com base nessas denúncias, o MMFDH deflagrou, no fim do ano passado, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Operação Vetus. Foram apuradas 13.424 denúncias que resultaram na instauração de 3.703 inquéritos e na prisão de 569 pessoas.

Fonte: Com informações de Agência Brasil