Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Justiça suspende vacinação de adolescentes contra COVID em Betim (MG)

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Junho de 2021 às 18h22

Link copiado!

twenty20photos/envato
twenty20photos/envato

Nesta quinta-feira (17), a prefeitura da cidade de Betim, em Minas Gerais, afirmou que a Justiça do estado suspendeu o plano de imunizar adolescentes de 12 a 14 anos contra a COVID-19, pulando outros grupos. Isso porque o município ainda vacina contra o SARS-CoV-2 a população de 59 anos sem comorbidades e de 40 a 49 anos com comorbidades.

A suspensão foi emitida, na noite de quarta-feira (16), pelo juiz Taunier Cristian Malheiros Lima, da Vara Empresarial, da Fazenda Pública e Autarquias, de Registros Públicos e de Acidentes do Trabalho da comarca de Betim. "Suspender a vacinação de estudantes de 12 a 14 anos, até comprovação documental de que todos os grupos prioritários do Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a COVID-19 e todos os maiores de 18 anos foram vacinados na cidade de Betim", pontuou Taunier, na decisão.

Continua após a publicidade

O juiz definiu que, caso a decisão de priorizar o plano nacional de imunização contra COVID-19 não seja cumprida, o município poderá pagar uma multa de R$ 500 por dose do imunizante aplicado. Segundo o G1, a prefeitura de Betim afirmou que irá recorrer da decisão.

Número limitado de doses

Nas últimas semanas, estados e municípios brasileiros anunciaram planos de ampliar a imunização contra o coronavírus para a população em geral, ou seja, aquelas pessoas que não integram os grupos prioritários (idosos e pessoas com comorbidades). Nesses casos, a ideia é começar pelas pessoas com mais de 50 anos e, gradualmente, chegar no público com até 18 anos.

A medida é necessária porque o número de doses das vacinas contra a COVID-19 é limitado e, dessa forma, não é possível proteger todos, como os mais jovens. Nessa situação, precisam ser protegidos aqueles com maior risco de complicações, como o grupo de pessoas com comorbidades e com menos de 40 anos. A justificativa da prefeitura é que a imunização dos adolescentes garantiria a volta das aulas presenciais com segurança.

Continua após a publicidade

Sobre a questão de imunizar os jovens, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, já defendeu: “É importante concluirmos a vacinação dos adultos, das pessoas com mais de 18 anos, para trazer o mais rapidamente possível esse cinturão de proteção”. Em outras palavras, o PNI deve ser respeitado para que a vacinação atinja o seu objetivo, que é reduzir a transmissão do coronavírus. “Quando você protege os adultos, essa proteção se estende também à população de crianças e adolescentes”, ressaltou. 

Fonte: G1