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Isolamento social afetou nossos cérebros até na forma de sonhar, mostra estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Julho de 2021 às 11h20

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The Creative Exchange/Unsplash
The Creative Exchange/Unsplash

As normas de distanciamento e isolamento social trouxeram alterações no estilo de vida de praticamente todo mundo. As consequências da pandemia, portanto, não existem apenas na saúde física, como também na mental. Prova disso é a mudança enfrentada pelos nossos cérebros na hora de sonhar, que de acordo com um novo estudo é o resultado do lockdown.

A pesquisa visou monitorar os efeitos do isolamento social nos sonhos, sendo realizada com 90 voluntários que viveram o estresse do lockdown na Itália entre abril e maio de 2020. Durante a primeira semana do estudo, a regra do país era a de que todos deveriam ficar em casa para evitar a piora do surto do coronavírus. Na segunda semana, as regras começaram a ficar mais leves.

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Os autores do estudo descobriram, então, diferenças significativas entre os sonhos que aconteceram durante o lockdown e nos sonhos pós-lockdown. Os participantes da pesquisa sentiram mais dificuldade em adormecer durante o período do lockdown do que na semana seguinte, além de acordarem mais vezes no meio da noite (sono fragmentado), e eles especulam que seja pelo estresse provocado pelo sofrimento psicológico do lockdown.

"Mais da metade de nossas amostras mostraram uma ansiedade clinicamente relevante e sintomas relacionados ao estresse pós-traumático durante o sono", diz o estudo. Além disso, os participantes foram mais capazes de lembrar dos seus sonhos durante o lockdown do que depois, e também foram mais propensos a ter sonhos lúcidos, o que acontece quando a pessoa está sonhando e sabe disso.

O aumento dos sonhos lúcidos é explicado pelos pesquisadores como uma forma do organismo autorregular suas emoções durante momentos de estresse, uma vez que a condição já foi associada com a redução de pesadelos. O estudo traz informações relevantes, porém ainda é limitado por ter sido feito somente com a população da Itália, onde o lockdown foi bastante severo no ano passado, e por ter durado apenas duas semanas.

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Você pode conferir a pesquisa neste link.

Fonte: IFL Science