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Inglaterra também vai dispensar as máscaras; medida deve ser decretada em breve

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Julho de 2021 às 22h20

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Andrea Piacquadio/Pexels
Andrea Piacquadio/Pexels

Nesta segunda-feira (5), o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou que, a partir do dia 19 deste mês, não será mais necessário usar máscaras, manter um metro de distância ou outras medidas preventivas contra a COVID-19 dentro do país. No entanto, a flexibilização das medidas que evitam a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 deve depender de uma análise do cenário britânico cinco dias antes da mudança histórica.

Nesse cenário, baladas, casas de eventos e teatros poderão reabrir. A recomendação para o trabalho remoto também será suspensa, de mesma forma como os limites sobre aglomerações. De acordo com o governo britânico, esse projeto só foi possível com o avanço da vacinação contra a COVID-19. 

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Na terça-feira (6), o secretário de Educação, Gavin Williamson, deve compartilhar os detalhes sobre como as escolas administrarão o isolamento em casos de surto do coronavírus entre os alunos. Além disso, barreiras em viagens internacionais devem continuar a existir, da mesma forma que programas de testagem da COVID-19 e isolamento dos doentes. No entanto, essas questões ainda não estão definidas.

Vacinação contra a COVID-19 no Reino Unido

De acordo com dados da BBC, cerca de 64% da população adulta do Reino Unido já recebeu a segunda dose de uma vacina contra o coronavírus. Mais de 86% das pessoas já receberam pelo menos uma primeira dose. Além disso, o governo se prepara, caso seja necessário, para oferecer uma dose de reforço (terceira dose) para as pessoas com mais de 50 anos e os mais vulneráveis ​​durante os meses de inverno.

Em paralelo, o intervalo entre as duas doses foi reduzido de 12 para oito semanas na região. A ideia é que a medida acelere a conclusão da imunização contra a COVID-19, principalmente para os mais jovens, já que foram os últimos a adentrarem na campanha contra o agente infeccioso. O objetivo é imunizar o maior número de britânicos, de forma completa.

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Riscos da variante Delta

De acordo com Johnson, as pessoas devem "aprender a conviver" com a COVID-19. Nesse momento de retomada, o governo aposta na barreira da imunidade criada pelo programa de vacinação e que se espera ser o suficiente para conter um aumento ainda maior de casos, quando ocorrer a reabertura. Atualmente, o país já enfrenta o aumento de casos da COVID-19 associado à chegada da variante Delta (B.1.671.2) do coronavírus, descoberta primeiro na Índia.

Por outro lado, os ministros acreditam que as mortes serão limitadas pela vacinação, mesmo que a variante Delta seja mais infecciosa. Hoje (5), a média de novos casos por dia é de 27,3 mil e a de óbitos está em 9. Em maio, quando as medidas de proteção estavam mais intensas, a média diária de infecções chegou a 1,8 mil. 

Para o presidente da Associação Médica Britânica, Chaand Nagpaul, no entanto, "não faz sentido" liberar o uso de máscaras em ambientes públicos fechados em meio a um número crescente de casos da variante Delta. De acordo com o especialista, "está comprovado que as máscaras reduzem as transmissões" e deveriam ser mantidas no momento.

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Fonte: Public Health England e BBC (1) e (2)