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Hospitais brasileiros deixam de usar cloroquina para tratar COVID-19

Por| 27 de Maio de 2020 às 18h35

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Miguel Á. Padriñán/Pixabay
Miguel Á. Padriñán/Pixabay

Na quarta-feira passada (20), o Ministério da Saúde divulgou um novo protocolo para o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, associadas ao antibiótico azitromicina, no tratamento da infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A orientação amplia o uso dos medicamentos também para os casos mais leves e até mesmo moderados da COVID-19 no Sistema Único de Saúde (SUS), sem necessidade de internação. Já nesta quarta (27), alguns hospitais brasileiros estão quebrando esse protocolo, para justamente descartar o uso da hidroxicloroquina, uma vez sem resultados.

Acontece que uma pesquisa sobre a hidroxicloroquina publicada na revista científica Lancet apontou que a droga não apenas deixa a desejar em relação a benefícios, como também traz riscos cardíacos aos pacientes. De acordo com a pesquisa, realizada com base em 96 mil pacientes de hospitais do mundo todo, foi constatado que a cloroquina, seja associada a antibióticos ou não, apresenta uma taxa de mortalidade consideravelmente maior em relação aos pacientes que não fizeram seu uso. Isso inclusive motivou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a suspender os testes com a cloroquina por conta dos riscos.

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Segundo o UOL, algumas unidades de saúde chegaram a usar a cloroquina, mas retiraram pouco tempo depois. No Hospital dos Servidores do Estado, de Recife, a medicação chegou a ser usada nos primeiros pacientes, mas pela ausência de benefício, no dia 29 de março o remédio foi retirado do protocolo. Em Floriano, no Piauí, também mudaram o protocolo durante o curso da pandemia. Outros hospitais afirmam ter como guia estudos que apontaram a ineficácia da droga. O UOL conta que outros três médicos consultados declararam não terem visto resultados positivos no tratamento feito com cloroquina e pediram para não serem identificados.

O Hospital Universitário Oswaldo Cruz de Recife também anunciou que vai paralisar os estudos. A prefeitura de Recife, com base no estudo publicado pela revista médica The Lancet, vai retirar os medicamentos do protocolo de medicações para uso hospitalar. Por sua vez, em São Paulo, os hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein não chegaram a colocar o uso da cloroquina em seus protocolos e só usam a medicação em estudos clínicos.

Fonte: UOL