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Giro da Saúde: vacinação vai começar; caos no Amazonas; iPhone 12 e marcapassos

Por| 17 de Janeiro de 2021 às 08h00

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Giro da Saúde: vacinação vai começar; caos no Amazonas; iPhone 12 e marcapassos
Giro da Saúde: vacinação vai começar; caos no Amazonas; iPhone 12 e marcapassos

Todo início de semana, aqui no Canaltech, você se informa sobre os destaques que rolaram no campo da saúde nos últimos sete dias. E como o mundo inteiro está com os olhos voltados para a COVID-19, seja com a vacina, novos casos e novas variações do coronavírus, a coluna de hoje está recheada de notícias relacionadas à doença. Confira, agora, esses e outros destaques aqui no Giro da Saúde!

CoronaVac e Oxford foram aprovadas pela Anvisa

Neste domingo (17), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, em caráter de unanimidade, o uso emergencial das vacinas contra COVID-19 CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e AstraZeneca, desenvolvida em parceria entre a farmacêutica e a Universidade de Oxford, e que será fabricada no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Ambas as vacinas tiveram seus estudos de fase 3 concluídos no país.

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De acordo com o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, a distribuição das doses para os estados começa nesta segunda (18), para que o Plano Nacional de Imunização se inicie na quarta (20), às 10h, simultaneamente em todas as unidades da federação.

Ao Ministério da Saúde, o Instituto Butantan entregará um total de 4,6 milhões de doses da CoronaVac para distribuição aos estados, conforme anunciou João Doria, governador de São Paulo, e Dimas Covas, diretor do instituto, durante coletiva de imprensa neste domingo. Outras 1,3 milhões de doses ficarão em São Paulo.

Já as vacinas de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, devem chegar entre segunda e terça-feira, conforme informou o presidente Jair Bolsonaro no último sábado (16). Vindas da Índia, estas totalizam 2 milhões, o que imunizará 1 milhão de brasileiros dos grupos prioritários.

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Vacinação nacional começa na próxima quarta (20)

Finalmente, temos um "Dia D" e uma "Hora H" para o começo da vacinação no Brasil: segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é a partir desta quarta (20), às 10h, que os primeiros brasileiros serão imunizados contra a COVID-19. Até o momento, o país espera contar, inicialmente, com oito milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 ainda em janeiro. Para isso, devem estar disponíveis duas milhões de doses da vacina de Oxford e da AstraZeneca — vindas da Índia —, além de seis milhões de doses da CoronaVac, já disponíveis no Brasil.

Para a ocasião, o governo planeja realizar um evento no Palácio do Planalto na véspera do dia marcado para o início da vacinação. Na cerimônia, um profissional de saúde e um idoso serão imunizados pela primeira vez contra a doença no Brasil — embora ainda nada tenha sido confirmado, ainda.

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Leia mais sobre a vacinação nacional

A caótica situação de Manaus

Manaus clama por ajuda e a situação amazonense piorou muito nesta primeira quinzena do ano. Nesta semana, após uma eclosão de novos casos na capital amazonense, o sistema de saúde local colapsou. Com hospitais superlotados e a taxa de contaminação fora de controle, a capital se viu sem estoque de oxigênio para atender à demanda dos pacientes com COVID-19, e viu cenas desesperadoras de pessoas morrendo por mera asfixia.

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Com isso, o governo do Amazonas começou a encaminhar pacientes para outras unidades da federação, para atendimento em prontos-socorros de Goiás, Piauí, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Os pacientes transferidos, obviamente, sofrem de COVID-19 em estado moderado, ou seja: dependem de oxigênio, mas podem ser aerotransportados com "toda segurança", segundo o secretário de Atenção Especializada em Saúde do Ministério da Saúde, coronel Franco Duarte. No entanto, está não é a mesma realidade para todos os casos da COVID-19 do estado.

Vale ressaltar que a média móvel de casos praticamente dobrou no Amazonas nos últimos dias. Para se ter ideia, na quarta-feira passada (13), a demanda por oxigênio em hospitais públicos superara em mais de 11 vezes a média diária de consumo da terça-feira (12). E não é só na rede pública: dificuldades de abastecimento de oxigênio acometem também os hospitais particulares, por lá.

Entenda, com detalhes, a situação de Manaus

Índia diz que Brasil se precipitou ao buscar vacina de Oxford

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Na última quinta (14), um avião decolou do Brasil rumo a Mumbai, da Índia, para buscar doses da vacina produzida pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, produzidas no país. No entanto, após uma chuva de jornais locais afirmarem que o Brasil estava se precipitando com a medida, o governo indiano afirmou que era "cedo demais" para o envio das doses produzidas pelo Instituto Serum. Questionado se o país estrangeiro teria prioridade na importação, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores indiano informou que a questão ainda não teria sido definida.

“O Brasil parece ter se precipitado ao anunciar, oficialmente, o envio de uma aeronave para transportar dois milhões de doses da vacina COVID-19 da Índia, com Nova Delhi deixando claro que as decisões sobre o fornecimento para países estrangeiros levarão mais tempo”, afirmou o jornal Hindustan Times, na sexta-feira (15). O jornal The Times of India também informou que a Índia teria como prioridade imunizar sua própria população primeiro.

Com a vacinação no Brasil tendo data marcada para esta quarta (20), até o momento, o cronograma se mantém, com as 2 milhões de doses da AstraZeneca cumprindo o prometido pelo ministério da Saúde. "A data de retorno ao Brasil, com a carga de vacinas estimada em 15 toneladas, ainda está sendo avaliada de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística feita pelo governo federal em parceria com a Azul", declarou o Ministério, em nota.

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A Índia começou a vacinar seus cidadãos neste sábado (16), e esse pode ter sido o principal motivo pelo adiamento do retorno do avião com as doses do imunizante ao Brasil (conforme você lê na última notícia selecionada aqui no Giro da Saúde).

A notícia completa você lê aqui

Anvisa barra registro do enxaguante nacional anti-coronavírus

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Um enxaguante bucal nacional, produzido pela Dentalclean, viralizou nas redes sociais na semana passada, já que teria tido sua eficácia clínica comprovada cientificamente ao eliminar o coronavírus da boca e da garganta de usuários contaminados. Para o desenvolvimento da fórmula, três universidades brasileiras — a Universidade de São Paulo (Instituto de Ciências Biológicas e Faculdade de Odontologia de Bauru), a Universidade Estadual de Londrina e o Instituto Federal do Paraná — conduziram estudos com o colutório em pacientes infectados.

Uma das conclusões sobre o antisséptico foi a formação de oxigênio reativo a partir do oxigênio molecular, presente na saliva, na hora do bochecho. Tal oxigênio reativo pode combater microrganismos e inativar a camada de proteção externa do coronavírus, por exemplo. No entanto, apesar da ampla divulgação e dos estudos publicados com o uso do produto, que já estava com a papelada toda enviada à Anvisa para aprovação no mercado nacional, a agência resolveu barrá-lo.

O produto, que já começou a ser comercializado em farmácias e dentais brasileiras, teve seu registro barrado na segunda-feira (11), após terem sido identificadas irregularidades no processo de notificação. Dessa forma, a empresa não deve fabricar mais o colutório — embora não tenha sido determinado o recolhimento dos enxaguantes que já foram comercializados. Vale dizer que ainda cabe recurso sobre a decisão.

Toda a história você lê aqui, e com muito mais detalhes

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Brasil terá laboratório fabricando vacina russa Sputnik-V

O Fundo Russo de Investimento Direto fechou uma parceria com a farmacêutica nacional União Química, conhecida dos brasileiros, para trazer 10 milhões de doses da vacina Sputnik V para cá. A previsão de chegada não tem data oficial, mas deve ocorrer ainda no primeiro trimestre do ano.

O diretor de negócios internacionais da empresa, Rogério Rosso, revelou que a parceria também planeja a fabricação nacional de oito milhões de doses por mês. Para tanto, os insumos necessários já estão no Brasil, e a produção deve começar nos próximos dias em um laboratório localizado em Brasília. As primeiras entregas serão feitas neste mês.

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Só que, embora o processo já esteja bem adiantado, a União Química e o Instituto Gamaleya, responsável pela formulação da Sputnik-V, não entraram com pedido de uso emergencial da vacina à Anvisa. A agência requer que estudos sejam realizados no Brasil para que seja feita a avaliação de um fármaco ou imunizante, e por isso, é necessário começar os testes de fase 3 com voluntários brasileiros. A Anvisa, no entanto, ainda não se pronunciou em relação à solicitação da União para início dos ensaios clínicos por aqui.

Leia a notícia completa no Canaltech

OMS visita Wuhan para investigar origem do coronavírus

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Após aprovação da China à requisição da Organização Mundial da Saúde (OMS) para visita a Wuhan, primeiro epicentro do coronavírus, para investigar suas origens, a equipe de 13 pesquisadores desembarcou em solo chinês nesta quinta (14). A ideia é estudar registros médicos de pacientes em hospitais, testar amostras de doações de sangue e de esgoto, conduzir entrevistas com as primeiras vítimas da doença e mapear as pessoas no mercado da cidade — que registrou casos da doença pela primeira vez.

De acordo com a OMS, a missão não será nada fácil. A Organização deixa claro que está na China não para apontar culpados, mas sim obter respostas, muito embora o país asiático se esquive da possibilidade de o vírus ter surgido em Wuhan, já que alega que, possivelmente, o vírus foi carreado para lá.

A chegada dos pesquisadores, no entanto, também carece de um período de quarentena, mas o trabalho irá começar mesmo antes do término das duas semanas, exigidas para viajantes vindos do exterior. Aliás, dois cientistas acabaram não embarcando, por terem testado positivo para anticorpos da COVID-19. Todos os demais testaram negativo.

Saiba mais sobre a investida da OMS na China

Variante do coronavírus oriunda do Reino Unido chega a 50 países

O coronavírus viaja na mesma velocidade com que pessoas atravessam barreiras, e desta forma, a variante encontrada no Reino Unido há quatro semanas já chegou a 50 outros países — incluindo o Brasil. Batizada de VOC 202012/01, ela foi encontrada pela primeira vez no dia 14 de dezembro, e no dia 18 outra variante foi registrada na África do Sul, a 501Y.V2. A primeira, de acordo com os dados da OMS, já foi identificada em 50 países, áreas e territórios, e a segunda em 20. Em ambas as variantes, foram registradas evidências de propagação mais rápida do vírus, mas não de que ela pode resultar em uma forma ainda mais grave da COVID-19.

De acordo com a OMS, novas variantes exigem novos sequenciamentos genéticos para que possamos entender e conhecer melhor o vírus causador da COVID-19. "Quanto mais o vírus SARS-CoV-2 se espalha, mais oportunidades ele tem se alterar. Altos níveis de transmissão significa que nós devemos esperar que mais variantes surjam", completa a organização.

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MagSafe do iPhone 12 é capaz de desativar marcapassos, diz estudo

Um estudo para lá de curioso fez uma correlação importante (e interessante) entre o iPhone 12 e pacientes portadores de marcapasso. Publicada na Heart Rhythm Journal, a pesquisa sugere que o celular da Apple, com seu conjunto de ímãs para carregamento sem fio, o chamado MagSafe, pode gerar campos eletromagnéticos que interferem tanto no funcionamento de marcapassos que seriam capazes de desativá-los por completo. E olha que a notícia vem depois de a Apple informar e garantir que a tecnologia não interfere nesses aparelhos.

"Esses ímãs e campos eletromagnéticos podem interferir em dispositivos médicos, como marcapassos e desfibriladores. Mesmo que todos os modelos do iPhone 12 possuam mais ímãs do que os modelos anteriores, não se espera que eles apresentem um risco maior de interferência magnética em dispositivos médicos do que os modelos anteriores do iPhone", diz a Maçã.

Mas a pesquisa provou o contrário, muito embora mais estudos sejam necessários para comprovar ou refutar o achado. Os especialistas viram um marcapasso da Medtronic ser desativado com a simples aproximação de um iPhone 12, mas ainda é necessário investigar mais a fundo para concluir o que, exatamente, está provocando essa interferência. Mesmo assim, vale o alerta, tanto para pacientes quanto para empresas que fabricam marcapassos — claro, sem contar a própria Apple.

Acesse o estudo e a notícia completa aqui

O que sabemos sobre a nova variante do coronavírus descoberta em Manaus

Além do caos sofrido por Manaus com a falta de oxigênio, o estado do Amazonas também enfrenta o surgimento de uma nova variação do coronavírus, descoberta na capital. De acordo com um estudo da Universidade de São Paulo (USP), a cepa, denominada B.1.1.28, tem mais potencial de transmissão e reinfecção. A descoberta é motivo de preocupação brasileira e internacional.

O Ministério da Saúde notificou outros 196 países sobre a cepa do vírus da COVID-19 com as mutações, para ajudar a identificar e reduzir danos. Com isso, o Reino Unido, por exemplo, impediu que brasileiros desembarquem no país até segunda ordem. A nova linhagem foi identificada em dezembro, após quatro viajantes contaminados desembarcarem em aeroporto no Japão, vindos de Manaus. Após análises nacionais, pesquisadores da USP apontam que a variante carrega uma série de mutações genéticas com potencial de aumentar tanto a transmissão quanto a reinfecção pela COVID-19.

Na sexta-feira (15), inclusive, o Ministério da Saúde confirmou um caso de reinfecção pela nova variante do coronavírus no estado do Amazonas. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a paciente é uma mulher de 29 anos, que até o momento apresenta sintomas leves da doença.

Vale lembrar que a situação de falta de oxigênio em Manaus não tem ligação direta com a mutação encontrada por lá.

Leia a notícia completa com o link para o estudo da USP

Saúde solicita entrega de todas as doses da CoronaVac para imunização nacional

Com o início da campanha nacional de vacinação marcado para esta quarta (20) e o adiamento da viagem à Índia para buscar imunizantes da AstraZeneca, o Ministério da Saúde acabou por solicitar a entrega das 6 milhões de doses da CoronaVac para distribuição nacional. Com isso, para tentar conter um possível desfalque de 2 milhões de doses que seriam buscadas em território indiano, a outra opção para o início da vacinação será a vacina CoronaVac, que já chegou ao país.

Porém, o governo de São Paulo — que é responsável pelos acordos com o laboratório Sinovac, da China, por intermédio do Instituto Butantan, parceiro na fabricação do imunizante no Brasil — não planejava entregar todas as doses para o governo federal. Sendo assim, São Paulo deve recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal), como já fez em relação ao caso das seringas.

De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, as vacinas de Oxford devem chegar da Índia entre segunda e terça-feira. Vale dizer que a Índia iniciou sua campanha de vacinação neste sábado (16), e pode ter sido este o motivo para adiar o regresso da aeronave com as doses ao Brasil.

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