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Giro da Saúde: picada "monstra" de carrapato; como a COVID se torna grave?

Por| Editado por Jones Oliveira | 16 de Maio de 2021 às 08h00

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Giro da Saúde: picada "monstra" de carrapato; como a COVID se torna grave?
Giro da Saúde: picada "monstra" de carrapato; como a COVID se torna grave?

Que tal começar a semana bem informado? Todo domingo, aqui no Canaltech, nós resumimos os principais destaques da editoria de saúde para te deixar em dia e, além disso, começar a semana pronto para os desdobramentos do que já vem acontecendo no Brasil e no mundo.

Tivemos na última semana notícias relacionadas a vacinas e COVID-19, sim, mas acontecimentos da saúde envolvendo outros temas despontaram aqui no Canaltech, como o caso do homem que foi picado por um carrapato e pegou três doenças de uma vez, ou a terapia gênica que usa o vírus HIV para tratar crianças com a "síndrome da bolha".

Acompanhe agora nosso resumão semanal aqui no Giro da Saúde!

Síndrome da bolha e o tratamento com o vírus HIV

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Você já ouviu falar de síndrome da bolha? A doença tem esse apelido, mas o nome correto é imunodeficiência combinada grave (SCID). Trata-se de uma condição causada por uma falha genética hereditária que impede que a medula óssea de produzir versões saudáveis ​​das células que compõem sistema imunológico. Atinge crianças, que por consequência da doença, têm uma expectativa de vida bastante baixa. Pensando em uma maneira de prolongar a vida desses pequenos, uma equipe de pesquisadores apostou em um tratamento de terapia gênica que usa o vírus HIV — sim, o causador da AIDS.

Donald Kohn, do Ronald Reagan UCLA Medical Center, nos Estados Unidos, é um dos pesquisadores e autores de um estudo que apostam nessa possibilidade. O tratamento funciona da seguinte forma: os médicos removem algumas das células do sangue do paciente e, em laboratório, usam o HIV inativado para inserir uma versão saudável do gene de que as crianças precisam. O organismo entende que o vírus da AIDS transporta uma versão saudável dos genes necessários, e substitui os genes danificados. Depois disso, por via intravenosa, estas células são devolvidas para o organismo do paciente.

Na pesquisa, apenas duas das 50 crianças que receberam a terapia experimental não obtiveram o resultado esperado.

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Fique por dentro dos detalhes da terapia com HIV, acesse o conteúdo na íntegra!

Anvisa aprova novo coquetel contra COVID-19

Mais um coquetel contra COVID-19 foi aprovado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)! Em caráter emergencial, o medicamento da Eli Lilly se torna o terceiro aprovado pela agência para combate ao coronavírus. O fármaco é composto por uma associação dos anticorpos monoclonais banlanivimabe e etesevimabe.

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Durante ensaios clínicos, esse medicamento reduziu em 70% os índices de internações e óbitos em decorrência da COVID. O tratamento, no entanto, ainda não teve seu preço definido por aqui, mas seu valor deve ser discutido na reunião do Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, marcada para a última quinta-feira de maio (27).

Saiba mais sobre o coquetel da Eli Lilly

Pessoas totalmente imunizadas podem dar adeus à máscara nos EUA

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Na semana passada, uma nova diretriz do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos determinou que pessoas que já tomaram as duas doses da vacina contra COVID-19 (ou a dose única da vacina da Johnson) e esperaram o tempo necessário para o sistema imune reagir com anticorpos (de 14 a 21 dias) já podem sair pelas ruas sem máscara. Aliás, podem ficar sem máscara tanto em ambientes abertos quanto fechados. A exceção é quando um estado, cidade ou estabelecimento tenha alguma regra específica sobre isolamento e medidas protetivas.

As medidas de flexibilização quase totais só foram possíveis, segundo os CDC, por causa de novas evidências científicas que indicam que a vacinação completa reduz o risco de infecção e de disseminação do coronavírus.

Leia aqui a notícia sobre a nova decisão do CDC nos EUA

Butantan testa nova vacina da gripe em 6 estados

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Estamos em época de campanha nacional de imunização contra influenza (gripe comum), e o Instituto Butantan começou os testes de um novo estudo clínico de uma nova vacina contra o vírus. O instituto quer investigar a eficácia e a segurança de seu novo imunizante tetravalente contra influenza, e para isso está conduzindo uma pesquisa que deve englobar 6,5 mil voluntários no Brasil, distribuídos por 6 estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco e Sergipe.

A pesquisa do Butantan busca os seguintes perfis de voluntários: crianças e adolescentes de 3 a 17 anos; adultos de 18 a 59 anos; e idosos de 60 anos ou mais. Se você quiser participar dos ensaios clínicos, basta entrar em contato com os centros de pesquisa participantes e solicitar mais informações. Vale ressaltar que o estudo já começou por Ribeirão Preto (Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP) e São Caetano do Sul (Universidade Municipal de SCS). As próximas cidades são: São Paulo (SP); Serrana (SP); São José do Rio Preto (SP); Belo Horizonte (MG); Porto Alegre (RS); Pelotas (RS); Fortaleza (CE); Recife (PE); e Laranjeiras (SE).

Aqui tem mais informações sobre a pesquisa e a vacina tetravalente

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Estudo explica como a COVID pode ser tornar extremamente grave

Cientistas da Universidade Amsterdam UMC, na Holanda, resolveram investigar os motivos que levam o coronavírus a causar uma forma de infecção tão grave em alguns pacientes. Segundo a pesquisa conduzida por eles, alguns pacientes produzem uma quantidade extremamente alta de anticorpos quando há a infecção pelo coronavírus. Esses anticorpos possuem uma estrutura diferente, que provoca uma reação inflamatória extrema nos pulmões.

Para Menno de Winther, um dos autores do estudo, os anticorpos, que possuem forma de Y, apresentam uma cauda diferente em pacientes gravemente infectados. "O topo se conecta ao vírus, enquanto a cauda se liga às células do sistema imunológico nos pulmões, ativando essas células", diz o cientista. "Agora, sabemos que essa cauda é diferente em pacientes gravemente doentes. Simplificando, os açúcares que normalmente estão ligados aos anticorpos são diferentes. O resultado é que as células imunológicas nos pulmões são ativadas com muita força", completa.

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Em quadros mais graves, o sistema imunológico pode ser superativado e resultar na conhecida tempestade de citocinas, que é uma situação que ocorre quando a resposta do sistema imune à infecção é tão forte que, em vez de atacar o vírus, se volta contra o próprio organismo e passa a destruir tecidos.

Para saber mais sobre a resposta imune diante da COVID-19, acesse a notícia e o estudo aqui

Cannabis: Anvisa aprova novo produto à base de CBD

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Uma nova marca de fitofármacos à base de canabidiol (CBD, um dos canabinoides mais conhecidos na medicina) chega ao mercado brasileiro, após aprovação da Anvisa: a Nunature, empresa fundada por empresários norte-americanos e brasileiros. Os medicamentos podem chegar às prateleiras em julho, abrindo concorrência direta com o óleo de CBD da farmacêutica Prati Donaduzzi, pioneiro no país sob aval da Anvisa.

A novidade traz a esperança de uma redução nos preços dos fitofármacos, atualmente astronômicos. Para se ter uma ideia, um frasco de canabidiol (3.000 mg/full spectrum) da Prati sai, em média, a R$ 2.300. Pela Nunature, um frasco de óleo de canabidiol de 1.000 mg deve custar R$ 840,00 e o de 500 mg sairá por R$ 520. Ainda são valores muito altos, mas com a chegada de novos players, a expectativa é que a concorrência aumente e os preços passem a diminuir gradativamente.

Aliás, o tema da cannabis medicinal tem avançado na Câmara. Na última semana, deputados discutiriam a autorização de fitofármacos derivados da maconha no país, mas a sessão passou por adiamento. Nesta segunda-feira (17), uma comissão especial da Câmara deve discutir o PL 399/15, que regula o cultivo da planta para fins medicinais, veterinários, científicos e industriais no Brasil.

Quer se inteirar sobre o assunto? Acesse o conteúdo na íntegra!

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Mulher recebe 6 doses de vacina da Pfizer de uma só vez

Um caso inusitado aconteceu na semana passada na Itália: uma mulher de 23 anos foi tomar a vacina da COVID-19 e, em vez de ter recebido uma dose, recebeu logo seis de uma vez. O enfermeiro responsável pela aplicação do imunizante confundiu as instruções de aplicação e injetou todo o conteúdo de um frasco do imunizante da Pfizer no braço da mulher — o que corresponde a seis doses.

A paciente está sob observação em um hospital na Toscana, região central do país. De acordo com apuração da agência de notícias AGI, a mulher está bem e seu estado de saúde é estável.

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Aqui está a notícia completa sobre o caso da italiana vacinada seis vezes

Vacina polivalente contra COVID-19 e outras doenças

Você já ouviu falar de vacinas polivalentes? São imunizantes que, com uma dose só, conseguem conferir proteção contra duas ou mais doenças de uma vez. E uma novidade bem interessante chamou a atenção da imprensa na semana passada: pesquisadores do Duke Human Vaccine Institute estão desenvolvendo uma nova vacina capaz de neutralizar o SARS-CoV-2, suas variantes, e até outros tipos de coronavírus causadores de outras doenças.

O imunizante foi testado em macacos e camundongos e mostrou eficácia na proteção de uma variedade de infecções. A vacina possui tecnologia baseada em nanopartículas que carregam um fragmento do coronavírus a proteína S, responsável por se ligar às células e causar a infecção. Formulado com um intensificador químico, o imunizante conta com uma pequena molécula adjuvante, que estimula a resposta imunológica do organismo. Os cientistas ainda sugerem que uma pessoa infectada desenvolve anticorpos capazes de neutralizar múltiplos coronavírus, apostando, portanto, em uma vacina pan-coronavírus, provavelmente baseada em tecnologia de RNA mensageiro, como os imunizantes da Pfizer e da Moderna contra COVID-19.

No Canaltech você lê a notícia completa, com informações detalhadas sobre a pesquisa

O caso da gestante que morreu após tomar a vacina de Oxford

Será possível (e plausível) estabelecer uma relação direta entre uma vacina da COVID-19 e casos de óbito? O Ministério da Saúde está investigando o caso de uma gestante que morreu de trombose no Rio de Janeiro dias depois de receber a vacina Covishield, da AstraZeneca/Oxford. O imunizante chegou a ter seu uso suspenso em alguns países europeus depois de alguns pacientes terem apresentado coágulos.

"O Ministério da Saúde informa que foi notificado pelas secretarias de Saúde Municipal e Estadual do Rio de Janeiro e investiga o caso. Cabe ressaltar que a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela COVID-19", afirmou a Saúde, em nota.

Esse efeito adverso raro tem sido amplamente discutido por autoridades de saúde mundo afora, sendo causado pelo adenovírus presente na composição da vacina. Em abril, a Anvisa solicitou alterações na bula do imunizante, quando foi concluído que possíveis efeitos colaterais por ocorrências tromboembólicas com trombocitopenia poderiam ocorrer. "A bula atual da vacina contra COVID da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica", comentou a agência.

Desde a última terça-feira (11), portanto, a orientação da Saúde é a suspensão da aplicação da vacina no Brasil. Rio de Janeiro e São Paulo já pausaram o uso do imunizante até que ocorra uma nova orientação por parte da pasta. Vale ressaltar que ainda não há estudos que comprovem a relação da vacina com mortes de gestantes.

Para saber tudo sobre gestantes e a vacina de Oxford, acesse a matéria no CT

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