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Giro da Saúde: humano recebe vacina do câncer; sumiço de dados do coronavírus

Por| 27 de Junho de 2021 às 08h00

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Giro da Saúde: humano recebe vacina do câncer; sumiço de dados do coronavírus
Giro da Saúde: humano recebe vacina do câncer; sumiço de dados do coronavírus

Mais uma semana se inicia, e para ficar por dentro das notícias mais importantes e dos avanços que mais se destacaram em ciência e saúde, o Canaltech traz um resumo com tudo aquilo que você precisa para se manter informado. Veja, abaixo, os assuntos que mais bombaram nos últimos sete dias:

1. Sequências genéticas do coronavírus sumiram, mas reapareceram 

Um preprint de um pesquisador americano chamou a atenção da mídia internacional na última semana. Segundo Jesse Bloom, virologista do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, nos Estados Unidos, treze sequências genéticas do coronavírus "original" desapareceram da base de dados do patógeno — a pedido de um cientista chinês para o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH). De acordo com Bloom, entre os dados apagados no NIH (e recuperados por ele via Google Cloud), estão sequências de amostras de vírus coletadas na cidade de Wuhan entre os meses de janeiro e fevereiro de 2020.

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De acordo com o NIH, o pedido do cientista chinês aconteceu em junho de 2020, sob a justificativa de que as sequências foram atualizadas e precisavam ser inseridas em um diferente banco de dados, que não chegou a ser especificado, para evitar confusões. Para o especialista, as sequências apagadas não alteram a compreensão atual em relação ao começo da pandemia.

O que ele questiona, no entanto, é a transparência da China sobre a investigação da origem do coronavírus. Vale mencionar que os arquivos não sugerem que o coronavírus tenha saído de um laboratório e nem que tenha sido originado de um evento natural. Dadas as limitações do estudo, é necessário investigar mais a fundo cada nova pista sobre a origem da pandemia.

2. Pela primeira vez, uma vacina contra câncer é injetada em uma pessoa

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Que a BioNTech trabalha com vacinas e ganhou fama no mercado biofarmacêutico, você provavelmente já sabe. Mas não é só pela vacina contra COVID-19 (desenvolvida em parceria com a Pfizer) que a empresa alemã merece destaque: em paralelo, a companhia também vem trabalhando em um imunizante contra o câncer.

O laboratório começou a testar uma vacina experimental, a BNT111, contra um tipo de câncer de pele, o melanoma, e seus estudos clínicos já avançaram para a Fase 2. Na última semana, a empresa anunciou que aplicou, pela primeira vez, a vacina em um paciente humano. Com isso, a empresa espera avaliar se a fórmula funciona bem contra o câncer, desde que administrada junto com um remédio chamado Libtayo (cemiplimabe), da Regeneron e da Sanofi. Se tudo der certo, a BioNTech acredita que poderá tratar pacientes oncológicos que seriam, até então, considerados terminais.

3. Encontrada a causa genética das deficiências intelectuais

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Outro avanço da ciência, agora referente ao intelecto: pesquisadores da Universidade de Maryland (EUA) detectaram um novo gene que pode estar ligado a certos distúrbios do neurodesenvolvimento e deficiências intelectuais, denominado AP1G1. A tarefa, que é complexa devido à infinidade de fatores, genes e substâncias que colaboram ou causam tais deficiências, pode ajudar dez famílias ao redor do mundo com diagnósticos mais precisos. São famílias de pacientes que participam do estudo.

Para determinar o papel do gene no desenvolvimento do intelecto humano, os especialistas conduziram uma análise em peixes e mamíferos, com direito até a versões mutantes do gene. "Melhorar o diagnóstico clínico desses transtornos de desenvolvimento pode eventualmente fornecer novos alvos para terapias" para muito mais pessoas no futuro, acreditam os pesquisadores.

4. Pesquisa bilionária quer saber se comprimidos poderiam curar COVID

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Já imaginou se um comprimido, um remedinho de farmácia, pudesse ajudar na cura da COVID-19, livrando os pacientes de sintomas e complicações? Os Estados Unidos estão determinados a descobrir se esse medicamento pode existir. O governo americano anunciou o investimento de US$ 3 bilhões (cerca de 15 bilhões de reais) em estudos para o desenvolvimento de um antiviral capaz de combater o SARS-CoV-2, sendo a terça parte desse montante reservada ao estudo de outras infecções virais.

O uso de um remédio em forma de comprimidos ou cápsulas seria um poderoso aliado para o tratamento da COVID-19. Na verdade, comparativamente, o antiviral em potencial funcionaria com o mesmo objetivo que um antibiótico, receitado para tratar, por exemplo, uma infecção bacteriana de garganta, por exemplo. A diferença ficaria a cargo do alvo: enquanto cada antibiótico combate um dado espectro de bactérias, o novo antiviral miraria no SARS-CoV-2.

5. Milhões de novas doses de vacina chegam ao Brasil

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Na última sexta-feira (25), um avião com 2,05 milhões de doses da vacina da Janssen desembarcou no Brasil. Trata-se de uma doação feita pelos EUA, que contempla, ao todo, 3 milhões de doses. As outras 942 mil chegaram em outro voo, no sábado (26). Além dessas doações, o Brasil já tinha fechado acordo de compra e recebeu o primeiro lote com 1,5 milhão de vacinas da Janssen na terça (22).

E teve mais vacinas chegando na semana passada: na noite de quinta (25), um avião com 936 mil doses do imunizante da Pfizer aterrissou no Brasil. Foi a segunda das três remessas previstas na semana, totalizando o envio de 2,4 milhões de doses da farmacêutica ao país em três voos. Outra remessa de 936 mil doses está prevista para este domingo (27). Vale dizer que esses envios fazem parte do acordo da empresa com o Ministério da Saúde.

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