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Giro da Saúde: droga faz "limpeza" no cérebro; mulher da à luz 9 bebês; e mais

Por| 09 de Maio de 2021 às 08h00

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Giro da Saúde: droga faz "limpeza" no cérebro; mulher da à luz 9 bebês; e mais
Giro da Saúde: droga faz "limpeza" no cérebro; mulher da à luz 9 bebês; e mais

Que tal começar a semana bem informado sobre o que aconteceu de mais importante em matéria de saúde? Aqui no Giro, a gente resume os principais destaques da última semana, para que você fique por dentro de tudo e se prepare para as notícias que estão por vir.

Com as vacinas comandando o noticiário, tivemos novidades lá na Rússia, com a versão de uma dose só da vacina Sputnik, bem como movimentações do governo brasileiro para a compra de mais vacinas. Aliás, por falar nisso, a sugestão de quebra de patentes de imunizantes contra COVID-19 gerou polêmica, ainda mais por ter sido proposta pelos Estados Unidos há poucos dias e ter encontrado resistência das farmacêuticas.

Vamos agora para mais um Giro da Saúde!

Janssen: apenas 3% das reações à vacina são graves

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Recentemente, mais precisamente no dia 13 de abril, a vacina da Janssen (Johnson & Johnson) teve suas aplicações interrompidas nos Estados Unidos, pois alguns casos de surgimento de coágulos acometeram alguns pacientes vacinados por lá.

Mas durou pouco: passadas duas semanas, as agências reguladoras americanas autorizaram a retomada do imunizante da Janssen. E na última sexta (30), veio um número importante: o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apontou que apenas 3% das reações à vacina são classificadas como eventos adversos graves, que ocorrem principalmente em mulheres.

Para entender como o CDC chegou a esse resultado, acesse a notícia no Canaltech.

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Pfizer e o lucro com vacinas

A Pfizer está confiante em sua fórmula de imunizante contra COVID-19 e aposta que a demanda pela vacina (desenvolvida em parceria com a BioNTech) pode impulsionar suas receitas por anos. Para se ter uma ideia, o lucro líquido relativo ao primeiro trimestre foi de US$ 4,87 bilhões (cerca de 26 bilhões de reais). Este resultado é 45% maior do que o ganho de US$ 3,35 bilhões (cerca de 18,1 bilhões de reais), referente ao mesmo período do ano passado.

A farmacêutica espera por essa "demanda durável" assim como acontece com a vacina da gripe: uma nova dose, reformulada anualmente devido a mutações e variantes, pode garantir mais fôlego para os acordos comerciais e imunizar a população com frequência.

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Saiba mais sobre a perspectiva da Pfizer com sua vacina

Dor no pescoço é má postura? Depende!

Você trabalha por horas e horas na frente do computador e atribui sua postura à dor no pescoço? Pode ter tudo a ver, sim, mas pesquisadores da Universidade do Texas A&M descobriram que tem muito mais por trás desse incômodo, que pode ser agravado com a idade, pelo índice de massa corporal e até pelo momento do dia.

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A equipe responsável pela pesquisa recrutou 20 mulheres e 20 homens adultos que nunca relataram sofrer de problemas no pescoço. Durante a análise, eles precisaram fazer esforços que precisam do controle da cabeça e do pescoço, classificados como de "exaustão contínua". Nos testes, todos ficavam sentados, usando um capacete que ajuda a medir a força exercida no pescoço sempre que fosse solicitado que eles mantivessem o pescoço reto ou inclinado para frente ou para trás. Posteriormente, os pesquisadores aplicaram força na cabeça e no pescoço, indo até a capacidade máxima ou metade dela. Os resultados foram analisados junto com dados de idade, hora do dia e índice de massa corporal.

"É intuitivo pensar que, ao longo do dia, o pescoço fica a cada vez mais cansado, já que o usamos mais. Porém, cerca de metade de nossos participantes foram testados de manhã e o restante à tarde. Além disso, alguns dos participantes tinham trabalhos diurnos e alguns trabalhavam no período noturno. Mesmo assim, encontramos que a hora do dia afeta consistentemente a resistência do pescoço", conta Xudong Zhang, autor do estudo.

Veja detalhes sobre a pesquisa aqui

Em que lugar do ranking mundial de vacinação está o Brasil?

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Na semana passada, foi atualizado o ranking global de vacinação contra a COVID-19: na liderança, aparecem os Estados Unidos, com 73,43 doses aplicadas a cada 100 habitantes. Em segundo lugar vem o Reino Unido, com 73,41 doses aplicadas a cada 100 pessoas. No terceiro lugar do pódio aparece o Canadá, com 36,63 doses para 100 habitantes.

O ranking continua com Alemanha (35,98%), Itália (34,33%) e França (32,70%). A Arábia Saudita passou por uma ascensão e foi parar no 7º lugar, com 27,45 doses da vacina aplicadas a cada 100 habitantes. Atrás dela, vem a Turquia, com 22,28%. Mas... e o Brasil?

Nosso país aparece distante, em 56º lugar, com 22,64 doses aplicadas a cada 100 habitantes. Porém, em números absolutos, o Brasil desponta em quinto, com 47,9 milhões de doses aplicadas. A liderança permanece com a China pelo terceiro dia consecutivo, com mais de 275 milhões de doses já aplicadas. Os EUA ficam com a medalha de prata dessa vez, com 245 milhões de doses já administradas.

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Leia a notícia completa

Saúde comprou só metade das doses de vacina prometidas

O Ministério da Saúde confirmou, na semana passada, que divulgou um número superestimado de imunizantes já contratados para vacinar a população brasileira contra a COVID-19: inicialmente, foi confirmada a compra de 560 milhões de doses de vacina em acordos fechados com o Brasil, mas, na verdade, apenas metade desse valor foi negociada, totalizando apenas 280 milhões de doses. Isso acontece porque nos números divulgados como certos, constam doses que ainda dependem de contrato.

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Questionada pelo Congresso, a pasta explicou que o número não procede, e que 281.023.470 doses foram contratadas e que outras 281.889.400 estão "em fase de negociação". A declaração foi assinada por Lauricio Monteiro Cruz, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do ministério, no dia 12 de abril, e chegou ao Congresso na segunda-feira (3).

Entenda o caso, acesse a notícia na íntegra

Sputnik Light, a versão de uma dose só da vacina russa

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Nesta quinta-feira (6), a Rússia autorizou o uso de uma vacina de dose única, a Sputnik Light — que nada mais é que uma "versão" da Sputnik V, contando apenas com a primeira aplicação do imunizante.

A vacina, em sua versão de dose única, demonstrou eficácia de 79,4%, e os dados apontam inclusive uma eficácia contra as novas cepas de coronavírus — conforme demonstrado pelo Instituto Gamaleya durante os testes de laboratório.

Com a Sputnik Light, a ideia do instituto russo é induzir o desenvolvimento de anticorpos em 96,9% dos indivíduos no 28º dia após a vacinação. A resposta imune contra a proteína S do coronavírus se desenvolveu em 100% dos voluntários no 10º dia, segundo informa o próprio Gamaleya, em comunicado.

No CT você encontra mais informações sobre a Sputnik Light

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Por falar em Sputnik, e a Anvisa?

Se você está acompanhando a novela entre Anvisa e Instituto Gamaleya, viu que, há pouco mais de uma semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou a importação de milhares de doses da vacina. Em resposta, representantes da fórmula mostraram que não gostaram da decisão e anunciaram intenção de processar a agência por "difamação" e "por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente". Agora, a agência se defende em tréplica.

"O principal motivo da decisão para não autorizar a importação foi a falta de informações sobre a segurança, a qualidade e a eficácia do imunizante", esclareceu a Anvisa, em nota . No entanto, a agência reforçou o desejo em solucionar as questões que ficaram pendentes sobre a vacina, e afirmou que trabalha "na tentativa de colocar mais vacinas à disposição da população brasileira".

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"A Anvisa não está acima das críticas, mas são inadmissíveis os ataques à autoridade sanitária do Brasil e aos seus servidores públicos, que vêm atuando conforme a missão de servir ao Estado brasileiro e de promover a proteção da saúde da população", reiterou.

Neste link, você lê mais sobre o caso

EUA querem quebra de patentes de imunizantes contra COVID

Os Estados Unidos anunciaram, na última quarta (5), que apoiam a quebra de patentes de vacinas contra COVID-19, alinhando-se a outros países como África do Sul e Índia. Se acaso a suspensão de patentes seja aprovada internacionalmente, a produção de imunizantes anti-COVID deve aumentar.

O novo parecer dos EUA aconteceu após as últimas discussões sobre a suspensões a direitos de propriedade intelectual entre os países-membros da Organização Mundial do Comércio. Agora, os países desenvolvem um novo plano que considera a suspensão das patentes e que deve ser discutido nas próximas semanas — enquanto as empresas detentoras dos direitos se posicionam radicalmente contra a proposta norte-americana, alegando que a medida desencorajará pesquisas futuras na área de inovação voltada para novos medicamentos e terapias.

Fique por dentro da polêmica das patentes

Droga experimental efetua uma faxina no cérebro

Já pensou se inventassem um remédio que revertesse os principais sintomas do Alzheimer? Pois é, em busca disso, pesquisadores da Albert Einstein College of Medicine estão desenvolvendo uma droga capaz de efetuar uma verdadeira faxina no cérebro, eliminando toxinas e mantendo tudo em seu devido lugar.

Conhecido como CMA (autofagia mediada por chaperona), o processo natural de limpeza do nosso cérebro se torna menos eficiente à medida que envelhecemos. E o Alzheimer é caracterizado, justamente, pela presença de toxinas que atrapalham as sinapses nervosas. Esse novo estudo revela uma interação dinâmica entre o CMA e a doença, e sugere que as drogas para acelerar o CMA podem oferecer esperança para o tratamento de doenças neurodegenerativas.

No experimento, a equipe desenvolveu e testou uma nova droga, que funciona como precursora da CMA, em camundongos. Com doses orais administradas ao longo de 4 a 6 meses, os roedores mostraram melhorias significativas de memória, reduzindo fatores como depressão e ansiedade. Além disso, a capacidade de locomoção dos animais melhorou significativamente.

Como resultado, foi identificado que o novo remédio conseguiu reduzir os aglomerados de proteínas indesejáveis no cérebro. A equipe, agora, pretende levar o estudo adiante, até que seja possível realizar testes com humanos. Embora não tenha traçado um prazo para isso acontecer, a pesquisa abre espaço para mais estudos e indica que os envolvidos estão no caminho certo.

Entenda como funciona a CMA e como foi feita a pesquisa

É recorde: mulher dá à luz nada menos que nove bebês

Uma mulher de 25 anos deu à luz, recentemente, nada menos que nove bebês. Halima Cisse, nativa de Mali, acreditava estar grávida de sete bebês, mas descobriu que estava esperando mais dois. Ela precisou ser transferida para o Marrocos para melhor acompanhamento e realização da cesariana.

Todos os bebês passam bem. Ao todo, são cinco meninas e quatro meninos. Com o nascimento dos nônuplos, a família bate o recorde mundial de maior número de bebês a nascerem em um único parto — e a sobreviverem.

Acesse a notícia para saber mais sobre os bebês

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