Fumar agrava risco de hospitalização por covid-19 em até 80%, conclui estudo
Por Renato Santino | Editado por Luciana Zaramela | 28 de Setembro de 2021 às 14h26
Um novo estudo reforça que, ao contrário do que chegou a ser noticiado no início da pandemia, o cigarro é um fator agravante em casos de covid-19. De acordo com a pesquisa, fumantes têm entre 60% e 80% mais risco de precisar de internação em caso de contágio.
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O estudo observacional, publicado no periódico científico Thorax, conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, levou em consideração uma série de dados do Reino Unido: registros médicos, testes para covid-19, informações de internações e mortes, além de informações genéticas dos 421.469 participantes.
Além de concluir que há um risco até 80% maior de hospitalização entre fumantes em comparação com quem não fuma, o estudo também observou um risco maior de óbitos.
O artigo também constata que quanto mais cigarros uma pessoa fuma por dia, maiores são os riscos para todos os desfechos, incluindo infecção, hospitalização e morte.
Os pesquisadores também observaram que a predisposição genética ao fumo compulsivo aumentou em duas vezes o risco de infecção, em cinco vezes o de hospitalização e em 10 vezes o de morrer por causa da doença.
“Nossos resultados sugerem que fumar está relacionado ao risco de contrair a covid severa, e assim como fumar afeta seu risco de doenças cardíacas, diferentes tipos de câncer e todas as condições a que sabemos que o fumo está ligado, parece acontecer o mesmo com a covid. Então agora é um bom momento para abandonar os cigarros e o fumo”, afirma o pesquisador Ashley Clift, líder do estudo.
Fonte: The Guardian